Expresso - A Beleza Das Pequenas Coisas

  • Autor: Vários
  • Narrador: Vários
  • Editora: Podcast
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Informações:

Sinopse

Conversas pelo país conduzidas por Bernardo Mendonça com as mais variadas personagens que contam histórias maiores do que a vida. Ou tão simples como ela pode ser

Episódios

  • Cruzeiro Seixas, numa das suas últimas grandes entrevistas: “Fui mais reprimido como homossexual depois do 25 de Abril”

    09/11/2020

    Era o último representante vivo do surrealismo português. Mário Cesariny foi o homem que mais amou: “Ainda me faz muita falta...”. Artur Manuel Rodrigues do Cruzeiro Seixas faleceu este domingo, a um mês de completar 100 anos, e por isso o Expresso recupera uma entrevista ao podcast "A Beleza das Pequenas Coisas", realizada em fevereiro de 2017. O pintor e poeta afirmava que só vivera metade do que queria e mantinha a curiosidade pelo amanhã. “Viver é uma loucura espantosa. É a maior loucura.” Sobre o passado, lamentava ter sido mais perseguido após a revolução, “enquanto o Partido Comunista esteve no poder”. A ideia de partir não o assustava. “Não estou preocupado para onde vou. Já andei por céus e infernos cá por este lado.”

  • Mónica Calle: “Houve sempre dois lugares onde sou livre, na relação sexual e no teatro”

    06/11/2020

    Há quase 30 anos que a atriz e encenadora Mónica Calle questiona o lugar do seu corpo no palco e procura levar o teatro às zonas marginais da cidade para que elas passem a ser o centro. Começou em 92, no Cais do Sodré, quando era um bairro de má fama, onde fundou a companhia Casa Conveniente. E há seis anos mudou-se para o bairro da Zona J, em Chelas, para criar um diálogo próximo com a comunidade. O ator Bruno Candé, assassinado em Julho por alegadas motivações racistas, fazia parte da sua equipa, era um dos seus. “Recordo o seu talento, a generosidade e gargalhada inconfundível. Uma das melhores pessoas que conheci na vida”. Sobre estes duros tempos afirma: “Através do palco pudemos resistir ao medo. Uma sociedade em que todos temos medo uns dos outros está condenada”

  • Dulce Maria Cardoso: “Não tratamos bem os mais velhos, o que diz muito de nós enquanto sociedade. Somos uns ingratos, ambiciosos e tontos”

    30/10/2020

    Dois anos depois de “Eliete”, o quinto e mais recente romance de Dulce Maria Cardoso, a escritora fala de como este ‘novo normal’ lhe trocou os planos. Uma conversa que vai do passado ao futuro e a este presente distópico que maltrata especialmente os idosos. “A pandemia mostrou despudoradamente as más condições dos lares, o abandono, a solidão. Quando se perde a empatia pelos outros tornamo-nos impiedosos e a vida torna-se um inferno”. Dulce garante que “Eliete” não vai usar máscara no próximo volume da história, adiado para 2021, e que tudo se esclarecerá quanto à ligação a Salazar. Uma forma que a escritora encontrou para falar dos fascismos. “Estamos muito lentamente a regressar a ideais que já julgava impossíveis. Temos de perceber o sistema imunitário que permite que a ferida aconteça. Há quem diga que o populismo é a ideologia dos que se sentem traídos.” Sobre o mistério da criação na literatura, deixa a pista: “A ficção tem a ver com encontrar a melhor mentira que sirva a verdade”

  • Francisco George: "Não acredito numa rutura do SNS”

    23/10/2020

    Durante 12 anos foi o homem da saúde pública, enquanto diretor-geral da Saúde, no cargo que é agora ocupado por Graça Freitas. Quando o país e o mundo passaram a falar da covid-19, Francisco George recorda que ligou à sucessora para criticar a escolha do nome. “A única discordância que tenho com Graça Freitas é que devíamos ter chamado à covid, a doença do coronavírus. Em bom português." Sobre a Direcção-Geral de Saúde também faz um reparo: "A DGS devia ter sido fortalecida com mais meios humanos. Não foi. E isso é crítico." Nesta conversa em podcast, o atual presidente da Cruz Vermelha Portuguesa e médico especializado em virologia e epidemiologia recusa um cenário de colapso do SNS, que considera fazer parte da vida portuguesa, e confessa faltar-lhe coragem para sair da vida pública, mas que o fará em breve. “Há que saber sair de cena.” Sobre a proposta de lei para as máscaras serem obrigatórias na rua afirma: "Sou a favor. É como ser obrigatório o cinto de segurança no carro"

  • Vhils: “Quero humanizar o betão das cidades”

    16/10/2020

    A sua arte é de rua. Mas é também dos melhores museus e galerias do mundo inteiro. Um mês antes da pandemia, Vhils inaugurou “Haze”, a primeira grande exposição individual num museu nos Estados Unidos, onde abordou “a neblina” e o “invisível nas cidades”. E lança agora a exposição “Momentum”, em Paris, onde reflete sobre o momento suspenso que vivemos. “O meu trabalho é uma arma que expõe coisas menos positivas que acontecem pelo mundo fora.” O Expresso esteve com o artista no Centro de Arte Contemporânea de Cincinnati, numa conversa que viajou pelos 20 anos da sua obra e que continuou meses depois para Vhils contar como o confinamento mexeu com a sua vida e a sua arte. O artista deixa um alerta: “Nestes tempos de disrupção e incerteza é importante que se olhe para a saúde mental como prioridade.” Bem vindos à 6ª temporada do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”

  • Fernanda Lapa: “Um país que não trata bem os artistas está moribundo”

    22/05/2020

    A atriz e encenadora Fernanda Lapa assume que é a teimosia que a faz levantar-se todas as manhãs com a convicção absoluta que nada, nem ninguém, a fará parar de trabalhar. Nem o raio do bicho. E, tal como o poeta José Gomes Ferreira, está cheia de “saudades do futuro.” O futuro que aí vem com a reabertura das portas do seu teatro, “A Escola de Mulheres”, no Clube Estefânia, em Lisboa, que acaba de celebrar 25 anos e que contribuiu para a evolução do papel das mulheres no teatro em Portugal. A vida de Fernanda dava várias peças de teatro, da comédia ao drama, feita de alegrias, conquistas e perdas. “Tenho tido desgostos profundos, mas sou uma privilegiada apesar de tudo.” Mas é sobre o futuro incerto do setor das artes, a desesperança, frustração e falta de dinheiro dos atores e técnicos e as novas “medidas absurdas” impostas para a reabertura das salas de espetáculo, a 1 de Junho, que arranca esta conversa. “Este país não é para artistas, nem para velhos, nem para novos”

  • Germano de Sousa: “A maioria de nós vai apanhar covid-19”

    15/05/2020

    Ele é patologista e administrador de uma rede de laboratórios privados que está na linha da frente na realização de testes de diagnóstico e serológicos para a covid-19. Desde março, só nos seus laboratórios foram realizados mais de 87 mil testes, alguns a pedido do SNS. Sobre as acusações de faturar milhões com a pandemia, Germano de Sousa nega o que considera serem "bocas perfeitamente parvas" e diz-se "farto desse tipo de conflitos com a verdade, de origem ideológica". O antigo bastonário da Ordem dos Médicos prevê uma vacina até à próxima primavera e faz um reparo à DGS: "Deveríamos ter começado a usar máscaras mais cedo." E ainda recorda as peripécias passadas com Zeca Afonso, em Coimbra, os momentos difíceis durante a guerra em Angola, como lá teve de fazer o primeiro parto da sua mulher ou as partidas que o amigo e atual Presidente Marcelo Rebelo de Sousa lhe pregava de madrugada, em Cascais. No final, canta-nos um fado à capela. E para que serve um podcast senão para momentos destes? Ouça e subscreva a

  • Filipe Homem Fonseca: “A gargalhada é a imortalidade possível”

    08/05/2020

    Ele é uma das maiores referências na escrita para humor em Portugal e um criativo multifacetado: argumentista, dramaturgo, escritor, humorista, músico e realizador. Licenciado em publicidade, Filipe Homem Fonseca começou a dar que falar no final dos anos 90 quando integrou as Produções Fictícias. Têm a sua assinatura programas como ‘Herman Enciclopédia’, ‘Contra-informação’, ‘Major Alvega’ ou, mais recentemente, ‘Os Donos Disto Tudo’ ou ‘A Patrulha da Noite’. O que é natural em Filipe é o desassossego e a vontade de fazer, mesmo em confinamento. Por isso escreveu e realizou com cinco amigos “O Mundo Não Acaba Assim”, a primeira série de ficção portuguesa a ser produzida integralmente a partir das respectivas casas, que acaba de estrear na RTP1. Sobre o papel do humor em tempos de guerra contra um vírus, chega a afirmar: “Rir e fazer comédia numa altura destas é uma forma de resistência e de vida.” Uma conversa para ouvir integralmente neste episódio do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”

  • Isabel Jonet: “Há pessoas a passar fome. A pobreza mata e vai matar”

    30/04/2020

    Passaram 26 anos desde que Isabel Jonet entrou como voluntária para o Banco Alimentar contra a Fome e hoje é presidente de uma instituição que angaria alimentos para 2.600 entidades. E se antes desta pandemia os Bancos Alimentares apoiavam 380 mil pessoas, os números dispararam no último mês. Na recém criada Rede de Emergência Alimentar já chegaram 12.060 novos pedidos de ajuda, de famílias ou de grupos, que abrangem cerca de 58 mil pessoas. “Esta onda de crise criou inesperados novos pobres”. São os profissionais das artes, do turismo, dos ginásios, empresários, e demais trabalhadores precários e da economia informal que, de uma forma súbita e imprevista, ficaram sem sustento. É o outro vírus, o da pobreza, que cresce no país e, como prevê Jonet, ‘vai matar’. Uma conversa para ouvir neste episódio do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”

  • Francisco Miranda Rodrigues: “A solidão tem mais impacto na saúde do que a obesidade”

    24/04/2020

    Ele é o bastonário de uma ordem criada em 2008 que conta com 22 mil inscritos, a ordem dos psicólogos. Uma profissão muito procurada por altura dos incêndios, em 2017, para apoio psicológico e agora, nesta crise pandémica, a procura voltou em força. Se é certo que a covid-19 está a provocar um impacto emocional em todos os portugueses e que a venda de antidepressivos e ansiolíticos disparou em março, Francisco Miranda Rodrigues alerta que “este novo normal terá consequências diferentes para uns e outros.” Para ouvir neste episódio do podcast A Beleza das Pequenas Coisas”

  • Adolfo Mesquita Nunes: “Se olharmos para a crise económica, é evidente que não vai ficar tudo bem”

    17/04/2020

    A poucos dias de entrarmos no 3º estado de emergência falámos com Adolfo Mesquita Nunes, que foi deputado, secretário de Estado do Turismo, braço direito de Assunção Cristas e um dos rostos da modernidade do CDS, que se tem mostrado crítico sobre a “falta de gravidade e solenidade” do Presidente em algumas ocasiões públicas. Apontado no passado como um forte candidato à liderança do seu partido, Adolfo acabou por deixar o caminho aberto ao atual líder centrista, Francisco Rodrigues dos Santos, figura que não apoiou e da qual diverge. Mas esse combate ficou para trás para se dedicar à advocacia e ao cargo de administrador não executivo da Galp. Adolfo rejeita as afirmações de Rui Rio sobre antipatriotismo "típicas de regimes autocráticos" e insiste que o governo tem de ter coragem de combater a crise sanitária a par da crise económica, "que também mata". E revela como a canção de Maria Guinot “Silêncio e Tanta Gente”, vencedora do Festival da Canção, em 1984, traduz o confinamento em casa, onde tem aproveitado

  • Daniela Ruah: “À noite vejo filmes e costuro máscaras para dar”

    09/04/2020

    Há dez anos que a atriz Daniela Ruah anda a perseguir perigosos criminosos na série americana NCIS Los Angeles, que conta com 11 milhões de espectadores por episódio. Mãe de dois filhos e casada com o duplo David Paul Olsen, assume que a maturidade já não a faz sonhar tanto com o Óscar, porque as séries andam mais estimulantes e é a família o que mais a preenche. Este mês regressou aos ecrãs portugueses com a série "A Espia", na RTP, onde protagoniza uma mulher da alta sociedade que se envolve em espionagem em plena II Guerra Mundial. Há semanas em casa com o marido e filhos, em Los Angeles, começou agora a costurar máscaras para ajudar a comunidade. “Em três dias fiz 90 máscaras.” Uma conversa para ouvir neste episódio do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”

  • Bruno Maia: “Tenho medo que deixemos de conseguir tratar as pessoas no SNS”

    03/04/2020

    Nas últimas eleições legislativas o médico neurologista Bruno Maia esteve por um triz para ser eleito deputado do BE pelas listas do Porto. Defensor de causas que têm dividido a sociedade, como a despenalização da morte assistida ou a legalização da canábis, está a poucos dias de avançar para a frente de batalha, a unidade de cuidados intensivos do Hospital de São José, em Lisboa, onde estão os casos graves com covid-19. Bruno Maia defende um “SNS forte para travar a pandemia” que está a atingir o país e o mundo e confessa: “tenho medo do colapso do sistema de saúde”

  • Manuel Lemos Peixoto: “Depois do isolamento será a grande festa”

    27/03/2020

    O terapeuta de casais Manuel Lemos Peixoto, que durante anos foi presidente da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, considera que ultrapassado o receio da doença e da morte, irá pulsar na maioria o desejo da vida, do prazer e... de alguns excessos. O terapeuta recorda o que aconteceu na I e II Guerra Mundial, e aposta que depois de superada a pandemia, as populações vão encontrar-se mais, brindar mais, abraçar-se mais, beijar-se mais e praticar mais sexo do que antes. Mas os casais agora confinados em casa estão a ser postos à prova e surgirão inevitavelmente muitas crises. “Ou parte ou racha ou se cura. Pode ser uma oportunidade para a mudança. A palavra crise em chinês escreve-se com dois subsímbolos, um representa “perigo” e outro representa “oportunidade”. Uma conversa surpreendente e esclarecedora em tempos de “guerra” para ouvir neste episódio do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”

  • Albano Jerónimo: “Qualquer bom ator é perverso. Eu sou”

    20/03/2020

    Ele é um dos atores mais aplaudidos, elogiados e desejados da sua geração. Alia beleza, carisma, intuição, densidade dramática, ambição e enorme capacidade de trabalho. Eis a fórmula perfeita para um ator de sucesso à escala mundial. Depois de protagonizar no cinema ‘um homem maior do que a vida’ no premiado filme “A Herdade”, de Tiago Guedes, Albano Jerónimo revela aqui, em primeira mão, o papel de destaque que representará numa nova série da Netflix, de produção inglesa, “The One”, que mistura conspiração com ficção científica, a estrear em setembro. E afirma: “O cinema americano está morto. O verdadeiro cinema, onde se fala de pessoas e de relações, está nas séries da Netflix e HBO.” Uma excelente conversa para ouvir em casa, ou onde estiver, neste episódio do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”

  • João Tordo: “É um bocadinho ridículo pensar que levar 12 garrafas de gel e 80 rolos de papel higiénico para casa me vai libertar da doença”

    13/03/2020

    Ele é um dos melhores escritores da sua geração. O seu terceiro romance, “As Três Vidas” valeu-lhe o Prémio Saramago 2009. Autor de 13 romances, traduzidos para inúmeros países, surpreendeu o ano passado com “A Noite em que o Verão Acabou”, a primeira experiência no universo do crime. No final de março publicará novo livro, o “Manual de Sobrevivência de um Escritor”, onde revelará muito do seu mundo literário e não faltará um capítulo sobre a inveja. “No meio literário há imensa inveja”, afirma. Nesta conversa fala também do recente isolamento social a que se impôs por ter participado no Festival literário Correntes d´Escritas, onde esteve o escritor chileno Luís Sepúlveda, contagiado com o vírus Covid-19

  • Especial Covid-19: Tudo aquilo que precisa de saber para gerir a sua vida face à pandemia

    12/03/2020

    Vera Arreigoso, jornalista do Expresso especializada em temas de saúde, analisa o mais recente boletim epidemiológico da DGS sobre os infetados em Portugal, esclarece quais os principais sintomas e responde às principais preocupações dos portugueses neste momento - "posso viajar?" e "o que faço com os miúdos em casa sem escola?". Ouça este especial do Expresso sobre o novo coronavírus

  • Rafael Esteves Martins: “Olho para o Parlamento e lembro-me sempre de um pombal”

    06/03/2020

    Começou a ser notado pela imprensa quando chegou de saia à Assembleia da República na tomada de posse da então deputada do Livre, Joacine Katar Moreira. Meses depois voltou a ser notícia por ter solicitado ao serviço de segurança do Parlamento para acompanhar a deputada porque ela não queria fazer mais declarações aos jornalistas. O caso gerou indignação e obrigou à intervenção do presidente do Parlamento. Os amigos mais próximos dizem que as suas maiores qualidades são ser “leal e ético”, os jornalistas que o acompanham acusam-no de “sobranceria”. Questionado se imagina Joacine candidata à Presidência, responde: “gostaria que ela cumprisse o seu mandato”. Uma conversa livre, bem disposta e desassombrada que pode ouvir neste episódio podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”

  • Alberto Pimenta: “Tenho sido um grande contrabandista de ideias e palavras”

    28/02/2020

    Alberto Pimenta é um dos nossos maiores poetas. Eterno experimentalista e artista de vanguarda, deu muito que falar nos anos 70, numa performance em que entrou numa jaula de um chimpanzé, no Jardim Zoológico de Lisboa, exibindo uma tabuleta com a palavra “Homem”. Autor de uma vasta obra, o seu livro mais conhecido e traduzido é “O Discurso sobre o Filho da Puta”. E chega a afirmar nesta conversa: “Há muitos. Estão dispersos. Estão na política, sobretudo. Naturalmente nas Forças Armadas.” Depois de “Zombo”, lançado em 2019, já há novo livro de poesia no horizonte que se deverá chamar “Há Tudo”. E se não há tudo, há certamente muito para conhecer, refletir e ouvir sobre Alberto Pimenta neste episódio do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”.

  • Edgar Pêra: “Duvido que a Netflix seja o modelo do futuro”

    14/02/2020

    Chamam-lhe o guerrilheiro do cinema português, pela estética vanguardista e experimentalista que tem arriscado na mistura de formatos e estéticas. Do Super 8, à película tradicional, do digital ao 3D, Edgar Pêra já realizou dezenas de filmes, todos com uma boa dose de obscura ironia, como “A Janela (Maryalva Mix)”, “O Barão” ou “Cinesapiens”. Afirma que não filma para as pipocas ou pela espuma dos dias, mas para que as suas histórias cheguem à geração seguinte. “Ambiciono ser um realizador bomba-relógio ou um ‘sniper’ para atingir o futuro com os meus filmes.” Prestes a iniciar a rodagem do seu filme mais ambicioso de sempre, "The Nothingness Club", propõe-se a entrar na cabeça de Fernando Pessoa onde moram todos os seus heterónimos e... até um 'serial killer'. Nesta conversa em podcast, o realizador a quem encontram semelhanças com George Clooney, não descarta o sonho do Óscar para melhor filme e comenta alguns dos premiados de 2020

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