Sinopse
Apesar de ser ficção, Do Barro ao Santo faz entrelace com fatos reais. Apropria-se da linguagem popular, buscando focar o viver dos personagens ambientados no pós-guerra da Independência da Bahia, focando a vida de um ex-combatente com todo o traumático existir quando no seu retorno à normalidade da sua vida: vaqueiro, membro da Irmandade do Rosário dos Pretos e Pardos de Inhambupe, que, engajado no agrupamento de Encourados de Pedrão, no período dos combates, volta para sua terra vitimado por estresse pós-traumático e luta para se adaptar às suas normalidades de vida.
No materializar do intertextual, o intento do autor é estilizar a linguagem popular, tal como se valem os cordelistas na literatura nordestina, buscando ritmo e celeridade na escrita – um escrever mais dinâmico –, ao tempo que leveza e identidade, aproximando-se das falas dessa região baiana.
Inspira-se em Glauber Rocha, Deus e o Diabo na Terra do Sol, e Dias Gomes, nas obras O Pagador de Promessas e Saramandaia, atentando a esses autores e obras, quanto à rítmica, o fantástico, o místico e o mítico.