Trabalhadores E A Transformação Das Relações Capitalistas Em Rolim De Moura-ro (1970-2018)

  • Autor: Cátia Franciele Sanfelice de Paula
  • Editora: Editora Appris
Experimente 7 dias Grátis Promoção válida para novos usuários. Após 7 dias, será cobrado valor integral. Cancele quando quiser.

Sinopse

Esta obra é resultado de uma pesquisa sobre a história de trabalhadores que migraram para Rondônia, em específico para a cidade de Rolim de Moura, nas décadas de 1970 e 1980. Partindo das memórias de homens e mulheres que se deslocaram de diversos lugares, principalmente do estado do Paraná, o livro traz à tona o processo de mudanças e transformação nas relações sociais capitalistas e suas rearticulações, num período histórico conflituoso que perpassa do contexto da ditadura militar ao golpe contemporâneo. Deslocando-se de uma abordagem estrutural, a autora traz como centro da investigação as relações sociais que estiveram presentes num momento histórico e político marcado pelo regime civil militar, pelo avanço das fronteiras e pela criação de diversos órgãos e projetos de intervenção, enquanto tentativa de controle social, por aqueles que assumiram as agências de execução dos projetos de "colonização" de Rondônia. Entre sonhos, projeções e expectativas que moveram os trabalhadores, destaca-se como os limites enfrentados por eles delinearam a constituição de formas coletivas de luta e inviabilizaram a permanência no campo. Enquanto um processo dinâmico e em movimento, as relações modificaram-se à medida que os trabalhadores sofriam e exerciam pressões. Na correlação de forças travadas com diversos agentes, destacam-se suas experiências e como expuseram, a partir de seus valores, a relação que tiveram nesse processo, a configuração política, e como o Estado interveio por meio de políticas públicas que favoreceram a formação de uma economia de mercado responsável por alterar e modificar modos de viver, de trabalhar e de lutar em Rolim de Moura.
O resultado do trabalho reflete um esforço com o tratamento conceitual, pensado como problema histórico e aberto à investigação no social, sempre em movimento, o constante diálogo entre as evidências e o aporte teórico e metodológico, para que os últimos sirvam como instrumento de reflexão sobre a prática do historiador. No diálogo com questões amplas que ocorriam no país, a preocupação com este estudo foi abordá-lo sem que as esferas política, econômica e cultural fossem entendidas de forma separada, evitando, assim, uma análise fragmentada, e que o social fosse visto como algo compartimentado.