Sinopse
Luar de outono, de onde versos caem é uma coletânea de poemas escritos em versos livres divididos em seis partes que se entrelaçam num percurso poético do eu lírico, que parte de um profundo desgosto com a superficialidade mundana, que o leva à indiferença e ao tédio até encontrar a Arte, quando se compara às musas: "Eu mesmo [...] sou virgem/Não da beleza, mas sempre do assunto/Do declínio que eu guardo, a minha vertigem" (Outono – Musas). O livro inteiro é uma espécie de reflexão poético-filosófica em versos pingados de referências a obras clássicas, recontextualizadas inovadoramente. Neles, o poeta canta o bem e o mal, o sentido da vida, a liberdade humana, o conhecimento e as crenças, o amor, a linguagem e a própria poesia. As imagens vívidas e os paradoxos inusitados contribuem para que o leitor se sinta como o poeta, mergulhe com ele em "águas insípidas" de questões ontológicas e passe a falar com ele a língua do verso: "Quando estivermos destoantes.../Falemos a língua do verso". (52 Hetrz - As correntes gramaticais).