Sinopse
O Cavaleiro de Edward é um romance de fantasia, que narra as aventuras de um grupochamado de “Eleitos”, formado por Ethae, Ivar e Horuk, que recebem uma difícil missão doGrande Conselho da cidade de Beloforte.Há rumores de que o mundo está prestes a ruir, e estes são os únicos guerreiros capazesde seguirem através das linhas de poder do mundo e encontrar a “Fortaleza”, ondesupostamente encontra-se a fonte dos poderes do mundo. Sua missão é seguir o caminho umavez trilhado pelo Grande Eric, descendente de Edward, e reestabelecer o equilíbrio do mundo.O arco de história principal diz respeito à amizade e as relações entre os três guerreirose o desenvolvimento marcial e espiritual de cada um deles, de uma forma dialética entre asesferas individuais e coletivas do grupo, onde cada pequeno detalhe possui importância para otrilhar das aventuras e a vitória.A narrativa está muito bem estruturada. A introdução à história e a ambientação estãomuito boas, com algumas poucas ressalvas. O Prólogo contextualizou muito bem o universo daaventura e trouxe elementos importantes, como a descrição do surgimento dos mundos e daslendas de Edward e Eric. Acredito que a lenda de Edward pode ser um pouco mais explorada.“Edward tinha um espírito de liderança e logo se tornou governante sobre o povo, mas em suabondade nunca desejou o poder” – assim é feita a introdução. Como Edward tonou-se líder?Essa é uma direção a ser cultivada pelo autor, pois ela desenvolveria ainda mais lendado herói – essa narração é de extrema importância, e sua ausência cria uma grande lacuna nahistória. Outro adendo sobre este capítulo; existe uma ambiguidade no discurso, pois ao mesmotempo em que Edward torna-se governante, ele não deseja o poder, mas passa a exercê-lo. Oscapítulos seguintes possuem uma boa estrutura, com uma construção impecável. Um destaquepara os capítulos “A Grande Floresta” e “A Cidade Luz”, que dariam por si só um livro cadade tão envolventes.Existem duas questões de grande importância para a construção do livro. A primeira éque alguns episódios podem ser melhor explorados, como é o caso da batalha com os Sanshakse a nuvem da morte (A Mortalha); há uma riqueza de aventuras nessa narrativa, mas elas ficaramsuperficiais por serem pouco exploradas. A impressão é a de que os Eleitos (protagonistas) são* Estudante de graduação em Ciências Sociais pela UNESP-FFC/Marília. E-mail: marcio.cardoso@unesp.brcomo semideuses e vivem em um clímax constante – não existe uma pausa ou um momento deócio na vida dos heróis, o que acaba por tornar a história um pouco apelativa.A segunda questão é a transição do capitulo “A Cidade Luz” para o capítulo seguinte,o “Caminhos de Fogo”, que ficou confusa. Os personagens ainda estavam na Montanha Brancae sem mais nem menos vão para o deserto novamente enfrentar A Mortalha. Faltou uma melhordescrição para ambientar o leitor sobre a transição da montanha para o deserto.Ressalvo alguns erros de coerência, em síntese a história é muito boa, envolvente eemocionante; se for direcionada para o público correto, terá muito sucesso. Essa narrativa estáperfeita e merece uma continuação, com potencial para tornar-se uma série de alguns livros.
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