Sinopse
Atualmente, um grande desafio para as tradições religiosas é conseguir manter sagrados seus tesouros espirituais frente aos avanços científicos ateístas e à degradação social do mundo. Além disso, conseguir compartilhar essa sacralidade com buscadores sinceros de outras vertentes devocionais fidedignas, ampliando a comunidade mundial dos devotos de Deus.
Nesse sentido, é importante que as tradições religiosas do mundo todo conheçam os antiguíssimos tesouros filosófico-espirituais do vasto e precioso arcabouço espiritual monoteísta védico, e munidos com estes conceitos possam revitalizar-se na discussão científica-religiosa contemporânea.
As teorias científicas de surgimento: o Universo manifestando-se do nada, a vida emergindo do caos material, a consciência surgindo da interação material no cérebro, as espécies vindas da mutação aleatória de genes e o ser humano aparecendo de um ancestral comum com os símios; formam a base do chamado paradigma científico ateísta.
Este modelo materialista predominante na ciência, procurou, por muito tempo, eliminar Deus do Universo e da vida cotidiana, como gritou loucamente Zaratustra. Essas teorias foram propostas por cientistas num tempo em que era sinal de elegância e inteligência ser ateísta e materialista, mas devido ao avanço do conhecimento, o modelo vem ruindo e as contradições são muitas e evidentes.
As principais teorias materialistas se mostraram anticientíficas, pois, baseiam-se em questões metafísicas obscurantistas, não referenciadas ou provadas, exigindo um ato de fé da comunidade científica. Devido as contradições metodológicas, o paradigma científico materialista ateísta acabou se tornando um dogma na ciência e na filosofia ocidental. Esse alinhamento causou muitos estragos e impedimentos ao desenvolvimento do verdadeiro espírito científico e ao desenvolvimento social como um todo, devido à visão arbitrária, parcial, excludente e unilateral imposta pelo conjunto destas teorias ateístas.
Este livro, Deus e Ciência, o Paradigma Védico, também é um chamamento ao estudo e à revisão metodológica. Assombrosamente, Deus continua. Aparecendo mesmo nas teorias materialistas e ateístas mais absurdas, Ele está lá, escondido, de forma difusa, indireta, como substrato das definições, nas contradições, nas limitações, nos contornos e nas condições iniciais. Sua presença permanece por que Ele É.
E hoje, devido, principalmente, ao desafio apresentado pela nova física e pela neurociência, Deus, o Observador e Cientista Supremo, faz-se cada vez mais urgente e necessário, tanto para que seja possível a existência desse cosmos caótico, porém harmônico, como também para que possamos explicar e viver o mundo de forma racional, pois sem Deus tudo parece ser irracional.
Neste livro, tentamos mostrar esta irracionalidade e também que Deus sempre foi, e continua sendo, figura central nas teorias de conhecimento e sem Ele não é possível a construção de um mundo melhor.