Chuva De Papel

  • Autor: Martha Batalha
  • Editora: Companhia das Letras
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Sinopse

Em Chuva de papel, acompanhamos a trajetória de um repórter policial decadente que precisa encontrar forças para lidar com o dia a dia depois de uma situação inesperada. Nesse percurso, ele descobrirá uma história memorável que o fará escrever novamente. Terceiro livro da autora de A vida invisível de Eurídice Gusmão, este é um romance tragicômico, intenso e sensível.
Joel Nascimento é repórter, arquivo vivo das transformações do Rio de Janeiro. Ele passou meio século nas redações noticiando o lado B da Cidade Maravilhosa, e agora enfrenta dificuldades financeiras, problemas familiares e alcoolismo. Após uma peculiar tentativa de suicídio, sua vida toma um rumo inesperado quando ele é obrigado a morar de favor com a tia de um amigo. Glória é uma senhora energética, que exige mais interações e boas maneiras do que ele está disposto a dar. A esse arranjo junta-se a falante vizinha Aracy e seus dois chiuauas grisalhos.
Da convivência inesperada e pontuada por atritos corriqueiros emerge um companheirismo que preencherá o vagar das horas. À medida que Joel se ambienta à nova rotina, ele se verá diante de uma última história formidável, e sabe que deve contá-la. Passado e presente se alternam neste romance entremeado da crueza da vida marginal e de dissabores afetivos.
"Neste romance vigoroso, são vários os começos na vida das personagens, estas em vertigem num Brasil que se acidenta sempre que amanhece." — Andréa Del Fuego
"Martha Batalha sabe contar histórias. Ela parece usar com habilidade uma câmera com grandes angulares e zoom para compor o vibrante retrato de um bairro e dos seus tempos." — Cora Rónai
"O repórter policial escreve a crônica cotidiana de sonhos estilhaçados e esperanças sem porvir. Como ele sobrevive a tantas histórias de dor, sangue e ruína? Essa pergunta perturbadora ressoa no novo romance, apaixonante e pungente, de Martha Batalha." — Mário Magalhães
"Separar comédia de tragédia neste romance de Martha Batalha é tão impossível quanto traçar fronteiras nítidas entre morro e asfalto — ou entre mar e floresta, glória e decadência, doce e amargo — no Rio de Janeiro que é seu personagem principal." — Sérgio Rodrigues