Sinopse
Neste romance surpreendente, Eggers investiga os efeitos da crise global em uma família prestes a se despedaçar.
Em uma próspera cidade da Arábia Saudita, longe da complicada realidade da recessão que assola os Estados Unidos, um empresário em apuros financeiros realiza uma última e desesperada tentativa de evitar a falência completa, pagar a caríssima faculdadeda filha e, talvez, fazer algo de bom e surpreendente com sua vida. Em Um holograma para o rei, Dave Eggers nos conduz por uma viagem pelo outro lado do mundo e pela comovente e por vezes cômica jornada de um homem para manter a família unida e a vida nos eixos diante da crise que devasta todos como uma tempestade.
Nesse deserto insólito, ele irá se deparar com uma estranha e fascinante galeria de personagens, gente vinda do mundo inteiro para cumprir todo tipo de ambição, como se convergissem para lá os pontos de uma realidade que parece se esfacelar. É nesse espelho quebrado de nacionalidades e aspirações que o protagonista tentará juntar os cacos de sua própria vida e recriar sua existência. Não por acaso a prestigiosa crítica Michiko Kakutani chamou o romance de "A morte de um caixeiro-viajante globalizado": a ideia de um povo construindo a imagem de um país, central ao grande romance americano, é invertida aqui pela noção de que este país está agora sendo reconstruído de fora.
O protagonista que busca um contrato no deserto saudita para vencer os chineses é um símbolo poderoso dessa mudança, e ninguém mais hábil do que Eggers, um dos grandes prosadores contemporâneos, para esmiuçar literariamente as ondas de choque que vêm transformando o mundo num ritmo tão vertiginoso. Num romance carregado de tensão, Eggers realiza uma poderosa elegia aos tempos modernos, uma história não apenas sobre tempos atuais, mas um retrato tocante e sensível de como chegamos até aqui.
"Cômica e muito comovente, esta história de um homem também oferece um claro e nítido retrato digital de nossos tempos." - Michiko Kakutani, The New York Times
"Um romance fascinante." - The New Yorker