Globalização, Democracia E Terrorismo

  • Autor: Eric Hobsbawm
  • Editora: Companhia das Letras
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Sinopse

Nesta coletânea de palestras e conferências, o historiador inglês Eric Hobsbawm examina com profundidade o cenário internacional contemporâneo, e faz comentários afiados a respeito das políticas adotadas pelas grandes potências.
Autor do clássico Era dos extremos e louvado mundialmente como um dos maiores historiadores vivos, Eric Hobsbawm apresenta uma coletânea de dez palestras e conferências em que faz um balanço dos principais temas da política internacional dos nossos dias.
Embora trate de um amplo conjunto de assuntos - imperialismo, nacionalismo e hegemonia, guerra e paz, ordem pública e disponibilidade de armas, o poder da mídia, mercado e democracia, além de futebol e cultura contemporânea - a obra tem forte unidade temática, centrada na análise da situação mundial no início do novo milênio e dos problemas mais agudos que nos confrontam.
Longe de ser um "otimista", Hobsbawm mostra-se crítico com relação às tendências que prevalecem no mundo de hoje. Considera "remotas" as perspectivas de uma paz mundial sólida no século XXI; ressalta o forte crescimento das desigualdades econômicas e sociais e dos desequilíbrios ambientais e políticos trazidos pela globalização baseada no conceito do mercado livre; e não poupa críticas à atuação do governo americano, tanto do ponto de vista econômico-financeiro quanto do político-militar. "Houve um tempo em que o império americano reconhecia a existência de limitações, ou pelo menos a conveniência de comportar-se como se tivesse limitações. Isso se devia basicamente ao fato de que tinha medo de alguém mais - a União Soviética. Na ausência desse tipo de medo, é preciso que o interesse próprio esclarecido e a cultura tomem o seu lugar", sentencia Hobsbawm.
Com o ar crítico e ousado que caracteriza seus estudos, Hobsbawm classifica a democracia como "uma vaca sagrada que dá pouco leite", e sem perder o estilo, a leveza e o bom humor diz que "enfrentamos o terceiro milênio como o irlandês anônimo, que perguntado sobre o caminho para Ballynahinch, refletiu e disse: 'Se eu fosse você, não começaria por aqui'."