Memória, Escuta E Resistência: Reconstrução Da História De Vida Da Educadora Social Maria Aparecida Silva

  • Autor: Benedito Olavo da Cunha
  • Editora: Editora Dialética
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Sinopse

Dona Cida das Boas Esperanças, que não era por acaso. Boa Esperança, local de origem de dona Maria Aparecida Silva, mas também Boas Esperanças porque todos os locais pelos quais ela passava, deixava um fio de esperança para todos. A comunidade onde ela viveu em Campinas depositava todas as esperanças nela – esperança de ver as crianças alimentadas, fazendo atividades de lazer sem estar nas ruas. Mesmo diante das suas preocupações, ela não perdia o brilho no olhar, no sorriso, assim como as suas atitudes transbordavam esperanças.
Recém-formada no Magistério na cidade de Boa Esperança, um Inspetor Público colocou as suas esperanças no trabalho da jovem professora, convidando-a para trabalhar com jovens adolescentes que não eram aceitos socialmente, pois apresentavam um comportamento rebelde. Sendo assim, eles ficavam acomodados em um alojamento denominado Granja dos Meninos, por serem órfãos de pai e mãe. Dona Cida passava a semana longe de sua família para educar esses jovens. O trabalho de alfabetização com os jovens rebeldes foi um diferencial na cidade. Sua atuação foi tão importante que um lugar que ninguém queria se transformou em referência educacional, e posteriormente foi fundada uma Escola Municipal no local e seu legado está lá, na pedra e na cal: E. M. Anita Bandeira.
Em Campinas, começou um novo legado como Educadora Social: a fundação da Associação Pró-Menor Barão Geraldo, que perdura por quatro décadas.