Ciência E Tecnologia

  • Autor: Vários
  • Narrador: Vários
  • Editora: Podcast
  • Duração: 2:12:01
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Informações:

Sinopse

Opiniões de especialistas sobre pesquisas, avanços e descobertas em todas as áreas científicas e tecnológicas, da medicina, espaço e bioética ao high-tech, redes sociais e comunicação multimídia.

Episódios

  • Brasil tem posição geoestratégica para web mundial, diz fundador de Fórum de Segurança Cibernética

    22/01/2019 Duração: 05min

    Para o general francês Watin-Augouard, mudança de governo com eleição de Bolsonaro não deve afetar cooperação entre os dois países Diante de modelos algorítmicos cada vez mais sofisticados, capazes de capturar e estocar informações, a proteção de dados tornou-se uma preocupação essencial para os europeus.Os países do continente, além de serem alvo do terrorismo internacional, vêem com preocupação a onda conservadora que levou ao poder Donald Trump, nos Estados Unidos, e mais recentemente Bolsonaro. Em ambos os casos, a manipulação em massa de dados foi apontada como a principal razão de duas vitórias consideradas improváveis há alguns anos. Essas questões estão no centro dos debates que acontecerão na décima-segunda edição do Fórum Internacional da Segurança Cibernética, que acontece nesta terça (22) e quarta-feira (23) em Lille, no norte da França. A colaboração com outros países, como o Brasil, também é uma das temáticas do encontro, explicou em entrevista à RFI o general Watin-Augouard, fundador do Fórum.

  • Como o Facebook viralizou e esvaziou o movimento dos "coletes amarelos"

    25/12/2018 Duração: 05min

    O Facebook, rede social que se tornou uma plataforma de organização para os manifestantes franceses, exerce cada vez mais influência direta nas democracias. Mas a ausência de um debate coerente tende a esvaziar o movimento que surgiu para protestar contra o aumento do imposto sobre o combustível e se tornou uma revolta popular. O que Trump, Bolsonaro e o movimento dos "coletes amarelos" na França têm em comum? Suas trajetórias convergem em torno do Facebook. Nos dois primeiros casos, a rede social teria sido usada como arma de manipulação em massa, como prova o escândalo de roubo de dados orquestrado pela empresa britânica Cambridge Analytica e as denúncias envolvendo a campanha de Bolsonaro no Whastapp, que pertence ao Facebook.Já o movimento francês, que nos últimos finais de semana invadiu as ruas de Paris e das maiores cidades da França, nasceu na rede social, mas diferentemente dos cases eleitorais citados acima, foi espontâneo. Tudo começou no dia 10 de outubro, quando o motorista de caminhão Eric Droue

  • Como são construídos os algoritmos usados para manipular os eleitores?

    30/10/2018 Duração: 05min

    Especialista belga ouvido pela CPI britânica no caso da empresa Cambridge Analytica, que pirateou dados do Facebook, explica como são criados os modelos matemáticos para influenciar eleitores e marcas O escândalo envolvendo a campanha de Donald Trump e a Cambridge Analytica, empresa criada pelo engenheiro de computação Robert Mercer e o ex-conselheiro do presidente americano, Steve Bannon, lançou o debate sobre a utilização de dados de internautas para influenciar os eleitores. No início do ano, Christopher Wylie, diretor do grupo britânico, revelou que a Cambridge Analytica pirateou dados pessoais de cerca de 87 milhões de usuários do Facebook, a maioria americanos. O objetivo: influenciar a votação na eleição presidencial dos EUA que levou à vitoria de Trump. No Brasil, a recente denúncia sobre o financiamento ilegal da campanha de Bolsonaro - empresários que teriam bancado disparos em massa contra o PT no aplicativo WhatsApp-  trouxe novamente à tona a discussão sobre a utilização dos dados dos internautas

  • Da sala de aula para o YouTube, canais científicos viram mania na França

    14/08/2018 Duração: 04min

    Na contramão da sala de aula, filósofos e escritores deixam a lousa e se transformam em youtubers famosos, com milhares de visualizações diárias. A receita: transformar conceitos herméticos de Física, Química, Filosofia e outros assuntos em conteúdos acessíveis para a geração conectada. Um dos ícones dessa tendência é o físico David Louapre, criador do canal e do blog Science étonnante (Ciência Surpreendente, em tradução livre). Especialista da Gravidade Quântica, ele criou seu blog em 2011 e se tornou uma referência da chamada vulgarização científica. Em seguida, o físico se aventurou no YouTube.Em 2016, a Sociedade francesa de Física concedeu o prêmio Jean Perrin pela sua contribuição à midiatização de assuntos complexos, como o Efeito Borboleta e a Teoria do Caos, por exemplo. Seus vídeos podem chegar a um milhão de visualizações.Com o sucesso, David Louapre passou a atuar em diversas frentes. O físico tem dois livros lançados pela editora francesa Flammarion e também participa dos programas da rádio Franc

  • Robô elabora treino para evitar contusões de craques da seleção francesa

    03/07/2018 Duração: 06min

    O engenheiro mecânico francês Philippe Rouch e sua equipe recriam em laboratório os movimentos dos atletas para ajudá-los a sofrer menos contusões. A tecnologia é usada por jogadores da seleção francesa de futebol. No campus do Instituto de Engenharia Arts et Métiers, situado no 13° distrito de Paris, trabalha o engenheiro mecânico Philippe Rouch, um especialista dos movimentos humanos e, principalmente, dos atletas. No laboratório de biomecânica do Instituto, jogadores da seleção francesa de futebol, treinadores de times de rugby, basquete ou outros esportes consultam de maneira anônima o engenheiro francês. O objetivo é obter uma modelização personalizada de como se comportar fisicamente em campo, para evitar contusões. Esse diagnóstico é utilizado pelos técnicos para melhorar o desempenho e ao mesmo tempo proteger as articulações dos jogadores de lesões graves.Para isso, diversos parâmetros são levados em conta. No caso do futebol, um robô, batizado de Jarvis - em homenagem ao robô-mordomo da trilogia "Hom

  • Conheça o legista Philippe Charlier, o Indiana Jones francês que confirmou a morte de Hitler

    26/06/2018 Duração: 05min

    Philippe Charlier, médico-legista e antropólogo especializado em personagens históricos que identificou os ossos do ditador nazista em 2017, viajara no ano que vem  para o Brasil, para estudar as divindades do candomblé. Chefe do setor de antropologia do hospital de Nanterre, na região parisiense, o francês Philippe Charlier tornou-se famoso pelas suas pesquisas envolvendo os restos mortais de personagens célebres, como o rei francês Henrique IV, assassinado em 1610 em Paris. Entre julho e setembro de 2017, ele analisou pedaços de ossos, um maxilar, próteses dentárias e parte de um crânio atribuídos a Hitler. O resultado dos estudos foi publicado em maio no European Journal of Internal Medicine.Os restos estavam conservados na sede da KGB, o antigo serviço secreto russo, em Moscou. Pela primeira vez, desde 1946, as autoridades russas autorizaram o estudo do material. O legista pôde confirmar que eles de fato pertenceram ao führer e também a causa de sua morte, em 30 de abril de 1945, aos 56 anos, em seu bunk

  • França: start-up cria exoesqueleto inédito para paraplégicos voltarem a andar

    05/06/2018 Duração: 06min

    Em um prédio escondido do 3° distrito de Paris, cerca de 50 engenheiros, técnicos e especialistas em robótica trabalham em um projeto ambicioso: fazer com que paraplégicos, pessoas que sofreram paralisia dos membros inferiores, voltem a andar. Criada em 2012 por três estudantes de engenharia, a start-up francesa Wandercraft desenvolve um exoesqueleto que vai possibilitar a locomoção de pessoas que perderam o movimento dos membros inferiores, mas também idosos ou pacientes que sofrem de doenças degenerativas, como esclerose múltipla. Para isso, eles contam com um capital de € 15 milhões oriundos de diferentes fundos de investimento franceses.A vontade de criar um projeto que traria benefícios para a humanidade foi o que impulsionou e inspirou os fundadores da Wandercraft, como resume um deles, Alexandre Boulanger. “Eu procurava um projeto que me desafiasse em termos técnicos e tecnológicos, que tivesse sentido e que fizesse com que eu me sentisse de fato útil. Um dos meus sócios, Nicolas, propôs esse projeto.

  • Psiquiatra francês ensina a tratar ansiedade em livro com realidade virtual

    27/03/2018 Duração: 05min

    Antes restrita aos hospitais, a terapia virtual agora poderá ser feita em casa com a popularização dos equipamentos e o lançamento de novos softwares. É o que mostra o livro dos psiquiatras franceses Eric Malbos, Christophe Lançon e Rodolphe Oppenheimer "Se libérer des troubles anxieux par la réalité virtuelle" (Livrando-se da ansiedade através da realidade virtual, em tradução livre). O psiquiatra francês Eric Malbos sempre se interessou pela maneira como os videogames poderiam ajudar seus pacientes a vencerem suas fobias, vícios e doenças mentais, como, por exemplo, a ansiedade crônica, a depressão e o estresse pós-traumático. Ainda na faculdade de Medicina, o pesquisador criou e programou softwares que simulam diferentes “ambientes virtuais”. Quem tem medo de avião, por exemplo, trata o problema como se estivesse dentro de uma aeronave.O objetivo é enfrentar os medos até obter a cura, como explica o psiquiatra, que desde 2012 dirige um setor especializado nesse tipo de tratamento no hospital da Concepção,

  • Facebook "envelhece", mas ainda domina mercado

    20/03/2018 Duração: 05min

    Facebook virou coisa de velho? Lançada oficialmente em 2012, a rede social mais popular do mundo, que no fim de 2017 contava com 2 bilhões e 130 milhões de usuários, parece interessar cada vez menos os jovens entre 18 e 24 anos e é considerada ultrapassada para os adolescentes. É o que indica um estudo publicado no ano passado pela empresa americana especializada em webmarketing e-Marketer. Os dados mostram que o site criado por Mark Zuckerberg perdeu 3,4% dos usuários entre 12 e 17 anos. De acordo com essas pesquisas, os millenials preferem a rede de fotos Instagram (que pertence ao Facebook) e mais ainda o Snapchat, plataforma de compartilhamento de fotos e vídeos. Nos Estados Unidos, em 2017, com 40,2 milhões de inscritos, o Snapchat se tornou oficialmente mais popular do que o Facebook entre os jovens de menos de 24 anos, o alvo preferido dos publicitários.A empresa de Zuckerberg tentou adquirir o Snapchat em 2013, quando o aplicativo ainda era desconhecido. A oferta de US$ 3 bilhões não seduziu o criador

  • França: dados de satélites ajudam a prevenir e antecipar epidemias

    06/03/2018 Duração: 05min

    Em Toulouse, no sul da França, o CNES (Centro Nacional de Pesquisas Espaciais) mantém um programa que analisa as relações entre o clima, o meio-ambiente e a saúde, com o objetivo de prevenir e antecipar epidemias, utilizando dados fornecidos por satélites de observação que transitam em diferentes órbitas. A RFI Brasil conversou com uma das responsáveis do estudo, Cécile Vignoble, sobre como a tecnologia espacial pode ser usada na luta contra diversas doenças, incluindo a Dengue, o Zika e outras patologias respiratórias, ligadas à poluição.Os satélites fornecem dados sobre o tipo de vegetação, temperatura, índices pluviométricos e umidade em uma região, que permitem antecipar o aparecimento de doenças em nível local. Isso graças a uma ferramenta conhecida como cartografia preditiva, que calcula, por exemplo, a quantidade de Aedes Aegypt, o mosquito transmissor da Dengue, existente na região.Na entrevista, a especialista francesa também fala sobre os projetos de expansão do programa na França e no exterior, inc

  • Brinquedos conectados colocam privacidade das crianças em risco

    26/12/2017 Duração: 06min

    A tela invadiu o cotidiano das crianças em todo o mundo. Na França, estima-se que os menores de 4 a 14 anos passem em média 3 horas por dia na frente da TV, do tablet ou do telefone celular. Crianças cada vez mais novas têm acesso às novas tecnologias que influenciam a cognição e desenvolvem novas capacidades motoras. Quem nunca ficou espantado com um bebê que já sabe utilizar seus dedos para acessar conteúdos em um celular?Os novos hábitos e habilidades levaram os fabricantes a criarem brinquedos conectados cada vez mais sofisticados, adaptados às novas gerações. Equipados de Wi-fi e Bluetooth, eles interagem com as crianças e perambulam pela casa, como verdadeiros companheiros eletrônicos.Alguns desses jogos, entretanto, escondem um perigo real: falhas de segurança que permitem estocar informações pessoais, das mais variadas. Diversas associações europeias alertam sobre o risco que robôs e bonecas inteligentes representam, vulneráveis inclusive à pirataria cibernética.No início do mês, dois casos vieram à t

  • Pesquisadores franceses criam videogame controlado pelo cérebro

    19/12/2017 Duração: 04min

    O desenvolvimento de algoritmos que ensinam aos computadores como decifrar certas ações e intenções cerebrais está revolucionando a ciência. Na França, uma equipe de cientistas desenvolveu um videogame que pode ser jogado sem as mãos. O chamado “machine learning”, ou aprendizado de máquina, campo da ciência da computação que nasceu no fim dos anos 50, é objeto de pesquisas em várias áreas, que vão do entretenimento à Medicina.Na França, uma equipe do CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica) desenvolveu o jogo Brain Invaders, baseado no clássico Space Invaders popular nos anos 80, e que utiliza a inteligência artificial.O jogador não precisa de joystick e controla as ações apenas com o cérebro. A novidade foi apresentada no início de dezembro em Grenoble, no sudeste da França. Na região está localizado o Gipsa Lab, onde são realizados os experimentos.Para jogar, é preciso colocar um capacete com 16 eletrodos, o mesmo utilizado durante um eletroencefalograma, exame que registra a atividade elétrica do cére

  • Softwares de veículos autônomos provocam revolução no mercado automobilístico

    05/12/2017 Duração: 04min

    A produção em série dos chamados veículos autônomos, que não precisam de motoristas, deve começar em 2021, e com ela a revolução econômica e urbana que vai transformar a vida nas cidades e em seus arredores. Start-ups, multinacionais e gigantes da web como Google multiplicam as parcerias neste mercado automobilístico do futuro. A Alphabet, grupo de empresas que detém o Google, lançou em 2016 a companhia Waymo, especializada no desenvolvimento de equipamentos para veículos autônomos.Os carros conectados são equipados com sensores e programas desenvolvidos para detectar pedestres, veículos e qualquer tipo de movimentação na área de circulação a uma distância que equivale à área de quase dois campos de futebol. Os algoritmos que formam esse programa antecipam comportamentos que possam causar acidentes, como um ciclista que atravessa na frente do carro, que para, freia ou diminui a velocidade diante do risco.Primeiros testes em ruas públicasO projeto que teve início em 2009, passou por diversas etapas, e neste a

  • Para diminuir consumo, associação em Paris ensina a consertar objetos

    17/10/2017 Duração: 05min

    Pouco a pouco, a sala situada no liceu parisiense Lazare Ponticelli, no 13° distrito da capital, vai ficando lotada. Nas mesas, aspiradores, computadores e ferros de passar quebrados acompanhados de seus donos aguardam uma “consulta” com um dos voluntários da associação Repair Café. Os voluntários são, na maior parte, engenheiros, que ajudam as pessoas a consertarem, ou melhor, darem uma “nova vida” a seus objetos. O conceito nasceu na Holanda e chegou em Paris em 2013. Hoje existem projetos similares na Bélgica e nos EUA.Nessa tarde ensolarada de quarta-feira, cerca de 20 especialistas em eletrônica está à disposição do público. “ A fundadora do Repair Café na Holanda queria que as pessoas se reapropriassem de um know-how que existia há 50 anos e desapareceu. O público tem vontade de voltar a ter essa autonomia”, explica Stéphane Gauchon, representante da associação em Paris.Um dos objetivos da associação é também a luta contra a chamada obsolescência programada. O conceito refere-se a produtos lançados no m

  • Associações francesas alertam para riscos de nanomateriais para a saúde

    01/08/2017 Duração: 04min

    Oito associações francesas enviaram uma carta aberta ao governo francês em julho pedindo a adoção de medidas urgentes em relação à utilização dos nanomateriais na indústria. Presentes em aditivos e colorantes, os chamados nanomateriais contêm substâncias potencialmente cancerígenas, como o dióxido de titânio. Presente no colorante E171, ele é usado pela indústria para produzir balas e chicletes, pratos industrializados, cosméticos e até medicamentos.Um estudo divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Agronômico Europeu (Inra) mostrou que o consumo da substância por ratos pode provocar lesões pré-cancerígenas, o que levou a Agência Sanitária Francesa a recomendar novas pesquisas sobre os efeitos do colorante na saúde, principalmente em forma de pó.Mas o que são os nanomateriais? “Os nanomateriais são substâncias infinitamente pequenas, na escala do átomo, do DNA. São móveis e de comportamento imprevisível”, explica Magali Ringoot, da associação “Agir para o Meio Ambiente”, uma das signatárias da carta

  • Indústria robótica investirá bilhões em novos projetos até 2021

    25/07/2017 Duração: 04min

    Quem são os robôs que vão substituir ou acompanhar os humanos num futuro talvez próximo? Por trás das questões econômicas que envolvem a automatização do trabalho está a indústria robótica e os avanços tecnológicos que tentam aperfeiçoar as funções cognitivas das máquinas, como a empatia, essencial para a socialização humana. Segundo o Instituto de Pesquisas IDC, especializado em pesquisas tecnológicas, até 2021, no mundo todo as empresas vão gastar mais de US$ 230,7 bilhões em projetos ligados à robótica. Um dos exemplos mais impressionantes deste novo mercado é o do humanoide Nadine, desenvolvido pela Universidade de Tecnologia de Cingapura em 2015.O robô, feito à imagem e semelhança de sua criadora, a professora Nadia Thalman, é capaz de exprimir suas emoções, tem uma excelente memória, reconhece seus interlocutores e se lembra das conversas que teve com ele. Nadine é um dos primeiros humanoides inventados para interagir com seres humanos. Ela foi criada para ser, no futuro, cuidadora de pessoas idosas, po

  • França: algoritmos tiveram papel essencial na vitória de Macron

    16/05/2017 Duração: 05min

    Como saber o que os eleitores esperam dos candidatos a uma eleição? O desenvolvimento de novas ferramentas digitais de previsão, o advento das redes sociais e o tratamento de dados que circulam on-line revolucionaram as campanhas eleitorais e ajudaram a moldar o discurso político. A revolução provocada pelos algoritmos preditivos ainda é difícil de avaliar, mas pode ser constatada na realidade. Um bom e recente exemplo é a eleição presidencial francesa. O presidente Emmanuel Macron, 39 anos, do movimento Em Marcha, nunca havia ocupado um cargo eletivo, era um novato dos comícios e da batalha pelos votos, mas sua equipe soube, como ninguém, tirar partidos das novas tecnologias. Por trás dessa máquina política está a start-up francesa Liegey Muller Pons, especializada em estratégia de comunicação eleitoral.A empresa criou um programa, Cinquante Plus Un (Cinquenta mais um, em tradução livre) que permite, através de um cálculo sofisticado, identificar dois tipos de eleitores: os abstencionistas “tradicionais”, qu

  • Pesquisadores franceses criam sinapses artificiais que imitam cérebro humano

    02/05/2017 Duração: 04min

    O físico eletrônico francês Vincent Garcia e sua equipe criaram um dispositivo inteligente do tamanho de um chip que consome menos tempo e energia e vai ajudar as máquinas a agilizar o reconhecimento de imagens e dados. Enquanto a inteligência artificial se desenvolve rapidamente e o deep learning invade os laboratórios de engenharia da computação, ávidos pela descoberta de novos algoritmos e softwares mais potentes, pouco se fala sobre as máquinas que “rodam” esses programas mais sofisticados. É aí que entra o trabalho da equipe francesa  liderada pelo físico francês Vincent Garcia, do Instituto francês CNRS, em parceria com a empresa Thales e as Universidades de Bordeaux, Paris-Sud e Evry, na região parisiense.Desde 2009, esse time trabalha em um dispositivo eletrônico inteligente e energeticamente mais econômico. O resultado é um modelo físico dotado de uma capacidade de aprendizado inédita. A descoberta abre várias possibilidades: uma delas é a criação de uma rede de sinapses artificiais mais complexas e

  • Hospital francês cura doenças mentais com realidade virtual

    11/04/2017 Duração: 06min

    A realidade virtual se transformou em uma ferramenta valiosa no tratamento de fobias, vícios e outros problemas psiquiátricos. Uma equipe de médicos franceses está utilizando a tecnologia para tratar e curar pacientes com depressão, medo de altura, claustrofobia, stress pós-traumático, e até mesmo fumantes inveterados. Quem nunca sonhou em parar de fumar jogando videogame? Essa é, de certa forma, a proposta de um hospital francês que promete curar fobias e vícios usando a realidade virtual. Um dos centros pioneiros nesse tipo de tratamento é o hospital da Concepção, em Marselha, que desde 2012 pesquisa o uso da técnica para tratar doenças mentais. Os resultados são otimistas, explica o psiquiatra francês Eric Malbos, que utiliza o método desde 2003. A ideia, diz ele, é diminuir ou até mesmo interromper o uso de medicamentos antidepressivos, muitas vezes responsáveis por diversos efeitos colaterais.O remédio só é proposto antes do início da terapia em casos muito graves, ou mantido no começo e abolido no fim

  • Associações francesas desenvolvem ferramentas digitais de inserção social

    08/02/2017 Duração: 07min

    Como utilizar as novas tecnologias contra as desigualdades sociais? Os projetos em torno da economia solidária ganham cada vez mais espaço na França e envolvem associações, incubadoras e startups. Um dos exemplos é o grupo francês SOS, uma entidade sem fins lucrativos que apoia iniciativas tecnológicas na luta contra a exclusão, em mais de 35 países. A empresa reúne associações e plataformas digitais colaborativas, que possuem um modelo econômico próprio de financiamento, baseado em doações ou no crowdfunding, por exemplo.Uma delas, a Reconnect, propõe, desde setembro, um serviço inédito: arquivar ou atualizar os documentos dos sem-teto que vivem nas ruas de Paris, além de ajudá-los na burocracia do dia-a-dia. Mais de 100 associações são parceiras da ferramenta, definida como um "cloud solidário".“Esse dispositivo foi construído em parceria com os trabalhadores sociais e responde inteiramente a essa necessidade, o que explica porque muitas estruturas estão desenvolvendo a ferramenta na França e agora també

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