Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

Vlamir Brandalizze pontua que, apesar de se encontrar ainda em patamares pouco atrativos, o feijão passou por ligeira valorização na virada de julho para agosto. A expectativa de oferta apertada tem mobilizado os produtores a plantarem mais na próxima safra. Contudo, as sementes para o plantio estão em escassez.

Vlamir Brandalizze fala sobre a recuperação da demanda pelo arroz no mês de agosto, após negócios tímidos registrados em junho e julho. Contudo, os produtores ainda aguardam por melhores preços para retomarem as vendas.

Vlamir Brandalizze destaca que o mercado internacional do trigo ainda sofre influência da oferta vinda do mar negro, e por isso ainda não há uma disparada das cotações. No entanto, a tendência é que em algum momento a Rússia corte as exportações e torne a disponibilidade de mercadoria limitada.

Vlamir Brandalizze comenta sobre a reta final dos trabalhos de colheita do milho safrinha no Brasil. A tendência, segundo ele, é de aumento da disputa pelo cereal nos próximos meses. Isso porque, a safra é menor que em 2023, e a volta dos setores de ração e etanol ao mercado também vão pressionar as buscas pelo milho.

Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, pontua que o mercado da soja, nesse momento, é mais atrativo aos compradores diante da queda nas cotações. Ele também destaca as movimentações visando o plantio da próxima safra no Brasil. A expectativa é que a área total gire em torno de 48 milhões de hectares e ocupe, inclusive, áreas de cana-de-açúcar de baixa produtividade.

No último dia primeiro de agosto aconteceu, em Paracatu-MG, o Dia de Campo AgroExtend Inverno, de realização da Planeje Ltda. Foram entre 300 e 400 pessoas no total participando do evento, sendo 19 expositores entre empresas de pesquisa, marcas e revendas. O encontro aconteceu no lote 49 do Projeto 2, do Entre Ribeiros, zona rural de Paracatu.

Em janeiro deste ano, foi publicada no Diário Oficial Eletrônico Minas Gerais, a Lei 24.652, de 2024, que cria a política estadual de incentivo ao consumo do etanol, denominada “Na Hora de Abastecer, Escolha o Etanol”. Entre os objetivos da política estão: - incentivar o consumo de combustível sustentável, limpo e renovável; - promover o agronegócio e o combustível proveniente da cana-de-açúcar; - fortalecer o setor sucroenergético e os produtores rurais; - promover ações para a baixa emissão de carbono na agropecuária; - apoiar a criação de microdestilarias de base associativista como forma de incentivar o consumo de etanol pelos agricultores associados.

Desde a Reforma Previdenciária promulgada em 2019, diversos produtores rurais encontram dificuldades em entender o funcionamento da aposentadoria rural. Entre os diversos formatos, um deles é por idade. Para entender um pouco mais sobre esse modelo previdenciário, vamos trazer um episódio do programa “Cidadania Rural”, de realização dA CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), com participação de Marcelo Lima, educador previdenciário do INSS.

Segundo dados do MilkPoint Mercado, na primeira quinzena de agosto, o leite spot apresentou uma sutil valorização, se estabelecendo em R$2,96 por litro – aumento de R$0,01 frente ao valor da quinzena anterior, que havia se estabelecido em R$2,95 na média Brasil.

O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, analisa a queda registrada para os preços do feijão durante o mês de julho. A entrada de mercadoria da terceira safra contribuiu para o cenário. No entanto, o chamado “cobertor curto” deve predominar no segundo semestre, já que a oferta do grão será menor que no ano passado. Sendo assim, a recuperação das cotações também deve acontecer antecipadamente.

O agente autônomo de investimentos João Santaella Neto, conhecido como Joãozinho Grafista, analisa como foi o mercado do milho em julho e projeta o mês de agosto. A tendência é de um novo impulso para as exportações após a nova disparada do dólar. A possibilidade de um movimento de recompra por parte dos fundos de investimentos também pode interferir em um cenário altista para o setor.

O diretor-executivo da AMIPA (Associação Mineira dos Produtores de Algodão), Lício Pena, analisa as movimentações da China no mercado. O país é um dos principais compradores mundiais, e anunciou, durante a semana, que as aquisições devem ser as menores em seis anos. Tal informação preocupa o setor, já que a demanda enfraquecida pela pluma pode trazer pressão negativa para as cotações.

O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, projeta como será o mês de agosto para o mercado do café. Ainda que haja uma quebra importante na safra do arábica, os embarques seguirão firmes. Contudo, nos meses seguintes, a tendência é de uma retração nas exportações para que o cumprimento dos contratos não fique comprometido.

Vlamir Brandalizze faz um balanço sobre as exportações de carnes do Brasil durante o mês de julho. Ele projeta que, em agosto, o setor bovino tenha um maior giro com a chegada do período entressafra. Em relação ao frango, o foco da doença de NewCastle está praticamente eliminado no Rio Grande do Sul e os trabalhos de exportação serão retomados em breve.

Vlamir Brandalizze comenta sobre os preços do feijão, que após semanas de queda, se acomodaram. A tendência é que em agosto, com a volta dos empacotadores ao mercado, haja um aumento da demanda e, consequentemente, um movimento de alta nas cotações.

Apesar do cenário de baixa liquidez, Vlamir Brandalizze ressalta que a abertura do mês de agosto foi de leve alta para as cotações do arroz. O aumento das exportações e retomada das reposições em um mês cuja demanda é maior, devem sustentar os preços em bons patamares ao produtor.

Vlamir Brandalizze pontua os fatores baixistas que rodeiam o mercado do trigo atualmente. O bom andamento da safra dos Estados Unidos e as exportações russas jogam o preço para baixo. No entanto, a queda das cotações pode provocar um aumento do movimento de compra, o que, por consequência, tende a trazer novo suporte para o cereal.

Vlamir Brandalizze comenta sobre os trabalhos de colheita da safrinha, que caminham para a reta final. Em relação à safra de verão, os produtores não estão empolgados com os preços do cereal e cogitam mudar para as culturas de soja e feijão. Exemplo desse desânimo é a baixa busca por sementes e insumos para o milho às vésperas do início do plantio.

Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, destaca a espera dos produtores de soja argentinos pelo fim das retenciones, que é a tarifa cobrada sobre as exportações agrícolas argentinas, cujo objetivo é controlar a inflação interna do país. No Brasil, os negócios estão acomodados, porém com possibilidades mais interessantes nos contratos futuros.

No dia 31 de julho/2024, os contratos futuros do açúcar registraram queda nas bolsas internacionais, refletindo a redução das preocupações com o fornecimento global. Conforme a Barchart, as chuvas de monções acima da média na Índia, o segundo maior produtor de açúcar do mundo, podem aumentar a produção do insumo, o que pressionaria os preços para baixo. O site também informou que o Departamento Meteorológico Indiano relatou, na última segunda-feira (29), que a Índia recebeu 430,2 mm de chuva durante a atual temporada, um aumento de 3% em relação à média de longo prazo, que é de 418,9 mm.