Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

Pitterfrancis Freisleben - Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Paracatu MG proseou com Francys de Oliveira sobre seu primeiro ano à frente da instituição que representa os produtores rurais do município. Destacou a maior participação dos produtores junto ao sindicato, das parcerias para realizações de palestras, eventos, reuniões, de parcerias junto ao comércio, de interação mais próxima à FAEMG/SENAR, e CNA, e a outras entidades como SEBRAE, SENAI, IRRIGANOR, Prefeitura de Paracatu, dentre outras. A prosa foi boa e convidamos você a acompanhá-la.

O acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia, anunciado na última sexta-feira (6/12), vai beneficiar o agronegócio mineiro. Formado por 27 países, o bloco europeu é o segundo maior mercado importador dos produtos agropecuários mineiros, atrás somente da China. No período de janeiro a novembro deste ano, as exportações alcançaram US$ 4,1 bilhões, com o embarque de 1,5 milhão de toneladas, superando os resultados do ano passado, que registrou o valor de U$ 3,1 bilhões e 1,4 milhão de toneladas.

Uma dúvida que o produtor rural tem neste momento é em relação a qual variedade de feijão plantar. Se por um lado os preços do feijão preto estão em baixa, a possibilidade de assegurar contratos chama a atenção. Em relação ao carioca, a perspectiva é de safra ajustada, o que pode trazer boas possibilidades de negócios. Marcelo Lüders comenta qual o melhor caminho a ser seguido no curto prazo.

O mercado brasileiro de milho mostrou preços mais firmes ao longo de novembro, com produtores limitando ofertas e maior interesse dos compradores. O dólar teve alta significativa, o que também contribuiu para a alta registrada no Brasil. O agente autônomo de investimento João Santaella Neto comenta que os preços internos variaram em diferentes regiões, com destaque para Uberlândia que registrou o maior aumento. Ele também analisa um relatório da Stonex, que prevê pressão sobre os preços em 2024, influenciada pela safra americana recorde e perspectivas para a América do Sul.

Os produtores de algodão do Brasil estão atentos aos movimentos do mercado internacional. O próximo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve indicar diminuição da oferta mundial da pluma, o que pode abrir margem para a produção brasileira. Lício Pena, diretor-executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA), destaca que tanto a área plantada quanto a produção final devem ser maiores na próxima safra.

Enquanto o clima no Brasil segue se ajustando para o bom desenvolvimento dos cafezais, os preços do café seguem com oscilações importantes. Após abrir a primeira semana de dezembro realizando os lucros das fortes altas passadas, houve novo crescimento nas cotações. No entanto, um fenômeno atípico aconteceu: Nova York registrou forte alta e Londres apresentou queda. Quem explica esse movimento é o economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria.

Os preços no mercado de leite e derivados registraram desaceleração nas últimas semanas em função da maior oferta de leite neste momento de safra. O leite UHT apresentou um recuo mais acentuado no mercado atacadista, com vendas mais fracas nas últimas semanas de novembro prejudicando a sustentação de preços. Nesta época é natural o movimento de queda nos preços de leite e seus derivados. Ainda que os sistemas de produção mais confinados estejam crescendo e ganhando participação no mercado brasileiro, a sazonalidade na oferta nacional ainda é marcante. Além disso, as importações de derivados lácteos seguem elevadas, aumentando a disponibilidade interna e pressionando preços.

O Senado aprovou a proposta que garante ao produtor de cana-de-açúcar destinada à produção de biocombustível participação nas receitas obtidas com a negociação de créditos de descarbonização emitidos pelos produtores e importadores de biocombustível (PL 3.149/2020). O texto altera a Política Nacional de Biocombustíveis, que prevê mecanismo de incentivo à produção desse tipo de combustível renovável.

No mês de novembro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado para balança comercial de lácteos foi de -199 milhões de litros em equivalente-leite, em linha com o observado no mês de outubro. Mesmo com acréscimo das exportações, as importações também apresentaram pequeno avanço, mantendo o déficit elevado na balança comercial.

Vlamir Brandalizze faz um balanço das principais negociações envolvendo o mercado das carnes em novembro e começo de dezembro. Se por um lado houve desvalorização para o boi gordo no mercado doméstico, as exportações seguem trabalhando intensamente. Em novembro foram 2,2 bilhões de dólares em faturamento com as carnes de boi, frango e suíno.

Vlamir Brandalizze comenta as últimas movimentações para o mercado do feijão. Se por um lado já há a projeção de início da colheita para janeiro, por outro, as negociações continuam fracas para uma demanda ainda oscilante.

Vlamir Brandalizze detalha a situação do plantio do arroz pelo Brasil. A projeção é de crescimento para a próxima safra. O estado do Tocantins, inclusive, deve ter produção recorde. No entanto, os negócios de momento seguem lentos. Com cotações entre R$95 e R$110 a saca de 50kg, os espaços na exportação seguem sendo mais atrativos.

O ano de 2024 não foi, e não deve ser marcado, por momentos de fortes altas para o trigo. Com os estoques de fim de ano praticamente cheios e pouco trabalho dos moinhos, os negócios para o cereal seguem parados. O que chamou a atenção durante o ano foi a alta nas importações, com crescimento em relação a 2023. No entanto, diante da limitada oferta mundial, a tendência é que a compra de produto estrangeiro fique mais difícil. Vlamir Brandalizze faz um panorama das safras de trigo pelo mundo. Os Estados Unidos, um dos maiores produtores mundiais, deve ter sua pior safra em 20 anos.

Apesar do movimento ser lento para as negociações envolvendo o milho neste fim de ano, os produtores seguem encontrando margem na exportação. Nos portos, os preços para a saca seguem na casa dos R$74 a R$75. Os embarques são a principal alternativa, uma vez que os trabalhos no mercado doméstico caminham para o recesso de Natal e Ano Novo. Vlamir Brandalizze explica que alguns produtores estão priorizando as vendas neste momento para evitar a desvalorização prevista para o mês de janeiro.

O impulso conquistado pela soja nas últimas semanas por conta da alta do dólar parece ter terminado. Após a sinalização de que Câmara e Senado devem aprovar o pacote de corte de gastos do governo federal, o mercado financeiro se acalmou, parando a sequência altista da moeda norte-americana. Com isso, os fatores baixistas ganharam mais espaço. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, destaca que a super safra da oleaginosa projetada para 2025 tem puxado os preços para baixo. Pelo menos no curto prazo não há perspectiva de recuperação nas cotações.

Por que os preços do café caíram após a maior alta em 47 anos? Joãozinho Grafista explica que ficou caro investir no grão na bolsa de valores. Com isso, a chamada “margem de garantia” ficou pouco viável aos compradores, motivando uma correção nas cotações.

Muitos produtores rurais enfrentam dificuldades para receber indenizações contratadas de seguradoras, como observado recentemente no Rio Grande do Sul, após as enchentes que afetaram as lavouras no final da safra de verão.

Hortaliças como alface, batata, cebola e cenoura apresentaram um movimento de queda de preços ao longo do mês de outubro, na maior parte das centrais de abastecimento pesquisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Já o tomate teve alta nos preços na média ponderada, informa o 11º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado no dia 22 de novembro passado.

O Senado aprovou no dia 11 de novembro de 2024 o projeto que estende a seguridade especial para membros de cooperativas de qualquer tipo, exceto as de trabalho (PL 1754/2024). O texto modifica a organização da Seguridade Social e os Planos de Benefícios da Previdência Social. O texto determina que a associação à cooperativa não descaracteriza a condição de segurado especial, que é concedida ao trabalhador que exerce sua atividade majoritariamente no campo.

O agronegócio, pilar estratégico da economia brasileira, segue aquecido e apresenta perspectivas positivas para o mercado de trabalho em 2025. O Plano Safra 2024/2025, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), prevê a destinação de R$ 476 bilhões ao setor, evidenciando a necessidade crescente de profissionais especializados, conforme destaca o Panorama Setorial de Agronegócio da Robert Half.