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“Despertámos do sono profundo que o autoritarismo nos causou”

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Sinopse

Maputo é esta quinta-feira o epicentro de uma marcha popular e o símbolo de uma semana de greve geral e manifestações. Há receios de “um banho de sangue”, depois de mais de uma dezena de pessoas terem morrido nos protestos de contestação eleitoral. Quitéria Guirengane, activista política e social e membro da Geração 18 de Março, pede ao Estado para pedir desculpas aos moçambicanos e “evitar banhos de sangue com uma mensagem de reconciliação e a reposição da verdade”. A activista não acredita que o povo esteja na rua apenas “porque houve uma convocação de Venâncio Mondlane”, mas porque a população “despertou do sono profundo do autoritarismo”. Esta quinta-feira, Maputo é palco de uma mega-concentração, depois de uma semana de greve geral e de protestos convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, naquela que ele chamou de “terceira etapa” da contestação aos resultados das eleições gerais de 09 de Outubro, anunciados pela CNE. Outros protestos tinham sido realizados nos dias 21, 24 e 25 de Outubro.