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  • Autor: Vários
  • Narrador: Vários
  • Editora: Podcast
  • Duração: 4:51:42
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Informações:

Sinopse

De segunda a sexta-feira, sob forma de entrevista, analisamos um dos temas em destaque na actualidade.

Episódios

  • UE/Mercosul: “Este acordo é crucial para a afirmação da UE no contexto global”

    19/11/2024 Duração: 08min

    O acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul continua a dividir os países europeus. Se a Itália, a Polónia, os Países Baixos e, principalmente, a França estão contra, a Alemanha, a Espanha e Portugal reconhecem os benefícios deste tratado comercial. Ricardo Ferreira Reis- economista e director do Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica- sublinha que este acordo é de "crucial importância para a afirmação da União Europeia no contexto global". RFI: Qual é o objectivo deste acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosur?Ricardo Ferreira Reis, economista e director do Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica: Estes acordos comerciais, na prática, são extensões do livre comércio que existe dentro do Mercado único Europeu para blocos que sejam parceiros comerciais da União Europeia. Com este acordo, pretende-se que os bens e, em fase posterior, pessoas possam circular sem estarem sujeitos a grandes restrições, acabando-se com as barreiras e com isso beneficiar os consumidore

  • COP29: “As pessoas com deficiência pagam um preço mais elevado” das alterações climáticas

    18/11/2024 Duração: 09min

    As pessoas com deficiência representam 16% da população mundial e cerca de 80% vivem em países do Sul Global, com maior vulnerabilidade aos efeitos das alterações climáticas. O presidente da Associação cabo-verdiana de Deficientes, Bernardino Gonçalves, defende a necessidade de incluir as pessoas com deficiência nestas negociações e lembra que a questão da paz também deveria estar em cima da mesa. As pessoas com deficiência representam 16% da população mundial e cerca de 80% vivem em países do Sul Global, com maior vulnerabilidade aos efeitos das alterações climáticas. Estas pessoas são frequentemente as mais afectadas pelos desastres climáticos. Todavia apenas 8% dos planos de resposta a catástrofes, em todo o mundo, evocam explicitamente as necessidades das pessoas com deficiência, incluindo os planos de evacuação. Diz o Inquérito Global de 2023 sobre Pessoas com Deficiência e Desastres, conduzido pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR), que o mundo deve agir face às f

  • COP29: Guiné-Bissau submete relatório Bienal de Transparência até final de 2024

    18/11/2024 Duração: 07min

    A Guiné-Bissau vai submeter o relatório Bienal de Transparência até ao final de 2024, cumprindo assim as metas no âmbito do Acordo de Paris. O anúncio foi feito pelo próprio ministro do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática da Guiné-Bissau. Em entrevista à RFI, Viriato Cassamá defende que nesta COP29, que decorre em Baku, no Azerbaijão, “dever-se-ia, de uma vez por todas, concretizar a questão do financiamento climático”. RFI: O que é que se pode esperar da COP29?Viriato Cassamá, ministro do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática da Guiné-Bissau: Nós esperamos que se comece, na verdade, a financiar as acções climáticas, porque já temos falado muito do financiamento climático, mas nunca se consumou. Eu lembro-me de que na COP de Cancún (2010, COP16), quando se criou o Fundo Verde do Clima, foram prometidos 100 mil milhões de dólares por ano até 2020, o que não se consumou.Nós achamos que - tendo em conta as posições das partes que a Guiné-Bissau faz parte, em termos de grupos negociais, a questão do f

  • Sorbonne Nouvelle acolhe ciclo dedicado ao “Cinema de Abril”

    15/11/2024 Duração: 14min

    A Universidade Sorbonne Nouvelle, em Paris, acolhe, até Dezembro, um ciclo de cinema intitulado “A Revolução das Imagens – Revolução e Descolonização em Portugal (1974-1977)”. A programação conta com filmes feitos por colectivos de cineastas que registaram os primeiros dias da revolução, mas também acompanharam as lutas operárias e as ocupações de fábricas, a reforma agrária e as campanhas de dinamização cultural e alfabetização, entre outras lutas. As escolhas mostram como “o cinema representou a revolução”, mas também como “os modos de representação foram transformados pelo próprio processo revolucionário”, resume Raquel Schefer, co-organizadora do evento e professora na Sorbonne Nouvelle. É um salto no tempo a um tempo de lutas. São histórias que fizeram história e esperanças que ficaram, para sempre, em película. Alguns desses filmes estão a ser exibidos na Universidade Sorbonne-Nouvelle, em Paris num ciclo de cinema intitulado “A Revolução das Imagens – Revolução e Descolonização em Portugal (1974-1977)”

  • "Há um esforço para reduzir um conflito político num assunto apenas de lei e ordem" em Moçambique

    15/11/2024 Duração: 12min

    Pelo terceiro e último dia consecutivo, continua hoje a quarta fase de protestos convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane em todas as capitais provinciais, portos e fronteiras de Moçambique, para contestar os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro que dão a vitória à Frelimo com um pouco mais de 70% dos votos. Em cerca de três semanas de manifestações marcadas por uma forte repressão policial, com a sociedade civil a apontar para dezenas de mortos e operadores económicos a mostrar-se preocupados com a quase paralisia das actividades, o país continua mergulhado na incerteza enquanto também espera pela decisão do Conselho Constitucional sobre os resultados do escrutínio.Para Tomás Vieira Mário, director executivo da Sekelekani, centro de pesquisa de comunicação para o desenvolvimento, o anúncio dos resultados definitivos deverá ser o ponto de partida de uma conferência nacional na qual tem estado a trabalhar juntamente com outras entidades, para restabelecer o diálogo e criar novas bases

  • COP29: 75% dos deslocados vivem em países extremamente expostos aos riscos climáticos

    14/11/2024 Duração: 09min

    Até dia 22 de Novembro, os países reunidos na COP29 em Baku, no Azerbaijão, tentam encontrar o financiamento necessário para ajudar os países em desenvolvimento na transição energética e na adaptação às catástrofes climáticas. Actualmente, os Estados extremamente frágeis recebem apenas cerca de 2 dólares por pessoa em financiamento anual para adaptação climática, um valor muito aquém dos 161 dólares por pessoa atribuídos nos Estados não frágeis. Até dia 22 de Novembro, os países reunidos na COP29 em Baku, no Azerbaijão, tentam encontrar o financiamento necessário para ajudar os países em desenvolvimento na transição energética e na adaptação às catástrofes climáticas. Negociações difíceis numa COP marcada por ausências de peso, como a França, Alemanha ou Estados Unidos e com o ocidente a alegar dificuldades orçamentais. Segundo um relatório do ACNUR apresentado esta semana, actualmente, os Estados extremamente frágeis recebem apenas cerca de 2 dólares por pessoa em financiamento anual para adaptação climática

  • COP29: Amnistia Internacional defende financiamento climático justo

    13/11/2024 Duração: 07min

    A Amnistia Internacional defende que os líderes da COP29 devem dar ouvidos às exigências de justiça climática, colocando os direitos humanos no centro das tomadas de decisão. A organização alarga a análise e aponta o dedo ao ataque contínuo do Governo do Azerbaijão à sociedade civil. Diz a Amnistia que deve ser feito mais do que foi feito nos Emirados Árabes Unidos ou no Egipto para garantir a segurança, a protecção e os direitos de todos”  A Amnistia Internacional defende que os líderes da COP29, reunidos em Baku, Azerbaijão, devem dar ouvidos às exigências de justiça climática, colocando os direitos humanos no centro das tomadas de decisão.A organização alarga a análise e aponta o dedo ao ataque contínuo do Governo do Azerbaijão à sociedade civil. A AI lembra que Baku tem historial “terrível” em termos de respeito pela liberdade de expressão e dissidência e pede aos estados medidas para proteger a liberdade de expressão e de protesto pacífico para todos os participantes na COP29.Diz a Amnistia que deve ser

  • Situação em Moçambique é "deplorável" e activistas pedem "solução pacífica" para o país

    12/11/2024 Duração: 07min

    Aisha Dabo, co-fundadora do movimento Africtivistes, que reúne activistas dos direitos humanos em cerca de 40 países, falou à RFI sobre a situação em Moçambique e disse que é preciso uma intervenção da SADC e da União Africana que leve ao apaziguamento entre Governo e oposição. Aisha Dabo, co-fundadora do movimento Africtivistes, esteve em Paris para participar no Forum da Paz, onde falou sobre os perigos da desinformação e como a sociedade civil tenta combater este mal que se acelerou com a disseminação de informação nas redes sociais. Esta activista instalada no Senegal considera que a situação em Moçambique é "deplorável" e que deveria haver transparência em relação aos resultados eleitorais, assim como respeito pelos direitos dos manifestantes que saem diariamente às ruas."Estamos a acompanhar a situação com muita preocupação e é realmente lamentável que em 2024 haja uma crise a seguir às eleições, não digo que um grupo está certo ou o outro está errado, mas penso que as eleições devem ser organizadas de

  • COP29: "África não pode ser responsável pelos problemas que outros criaram e não querem resolver"

    11/11/2024 Duração: 17min

    Arrancou esta segunda-feira, 11 de Novembro, a Conferência das Nações Unidas para as Alterações Climáticas. A COP 29 decorre este ano em Baku, Azerbaijão. Carlos Lopes, professor na Universidade do Cabo, sublinha a necessidade de se repensar o financiamento climático e defende que os países africanos não deveriam ter de pedir dinheiro emprestado para resolver os problemas climáticos que não causaram. Arrancou esta segunda-feira, 11 de Novembro, a Conferência das Nações Unidas para as Alterações Climáticas. A COP 29 decorre este ano em Baku, Azerbaijão. Já conhecida como a conferência dos financiamentos, em Baku, espera-se que as partes - mais de 200 países divididos em grupos - acordem um novo montante para ajudar os países em desenvolvimento a se adaptarem e a atenuarem os efeitos das mudanças climáticas. A cimeira inicia-se duas semanas após a publicação de um relatório da Organização Meteorológica Mundial, que indica que os níveis dos três principais gases com efeito de estufa (GEE) que contribuem para o a

  • 30ª edição do festival internacional de teatro do Mindelo - Mindelact

    08/11/2024 Duração: 13min

    A ilha de São Vicente acolhe até este sábado, o festival internacional de teatro do Mindelo, o Mindelact, que este ano é dedicado ao tema "Pérola", para marcar os 30 anos do maior festival de teatro de Cabo Verde e um dos eventos de artes cénicas mais célebres do continente africano. A RFI conversou, no Centro Cultural do Mindelo, com a actriz, Zenaida Alfama, produtora da 30ª edição do festival de teatro Mindelact. Zenaida Alfama disse que os 30 anos do evento são muito especiais. “É edição especial porque estamos a fechar um ciclo, digamos assim. 30 anos, não é brincadeira, tendo todas as dificuldades, mas temos conseguido manter o festival, mesmo na época mais difícil que foi a época de Covid, é um festival que não parou, fizemos o festival mesmo com todas as dificuldades. Este ano é um sabor maravilhoso porque é como ver algo a crescer a cada dia que passa, mesmo se temos sempre algumas dificuldades, porque somos ilhas, para trazer pessoas. Ás vezes as pessoas ficam retidas, qualquer dificuldade que temos

  • Resgate da identidade cultural de Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste

    08/11/2024 Duração: 15min

    Marimba é o nome de um instrumento e é também o nome de um projecto que visa impulsionar o resgate da identidade cultural de Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste. É através da pesquisa, digitalização, promoção e distribuição de produtos fonográficos dos artistas dos países parceiros que o projecto Marimba pretende valorizar a produção musical, promover o emprego e gerar rendimento.Um projecto todo-o-terreno, que vai desde a formação de profissionais até à apresentação de um produto final, onde a inclusão socioeconómica das mulheres é merecedora de uma atenção particular.Para se conhecer melhor o projecto Marimba, os diferentes campos de acção, como está a ser implementado e qual o balanço que se pode fazer do seu impacto, a RFI falou com Miguel Ângelo, Administrador da SoundsGood, que faz a coordenação geral do Projecto Marimba.Site do projecto Marimba: https://marimba.art/

  • No curto prazo "não haverá qualquer apaziguamento" em Moçambique

    08/11/2024 Duração: 10min

    Após um dia de mais caos e manifestações por todo o país, que terão feito pelo menos três mortos e dezenas de feridos, não há ainda abertura para qualquer negociação por parte da Frelimo, com Venâncio Mondlane, candidato apoiado pelo Podemos, a continuar a apostar nas manifestação e o MDM a pedir a recontagem dos votos ou a anulação das eleições. Após mais um dia de protestos e a determinação da oposição de se manter nas ruas, o politólogo João Feijó não antevê para já a possibilidade de acalmia nas ruas moçambicanas, já que esta é a única forma de exercer pressão sobre o Conselho Constitucional, o órgão máximo do país que vai decidir brevemente sobre a legitimidade dos resultados das eleições gerais de 09 de Outubro."Eu acho que no curto prazo não vai haver nenhum apaziguamento. Vai persistir esta pressão nas ruas que Venâncio Mondlane está a criar, com vista a equilibrar a pressão sobre o Conselho Constitucional. Em qualquer parte do mundo estes órgãos supremos são bastante politizados, não é? Os tribunais

  • “Despertámos do sono profundo que o autoritarismo nos causou”

    06/11/2024 Duração: 17min

    Maputo é esta quinta-feira o epicentro de uma marcha popular e o símbolo de uma semana de greve geral e manifestações. Há receios de “um banho de sangue”, depois de mais de uma dezena de pessoas terem morrido nos protestos de contestação eleitoral. Quitéria Guirengane, activista política e social e membro da Geração 18 de Março, pede ao Estado para pedir desculpas aos moçambicanos e “evitar banhos de sangue com uma mensagem de reconciliação e a reposição da verdade”. A activista não acredita que o povo esteja na rua apenas “porque houve uma convocação de Venâncio Mondlane”, mas porque a população “despertou do sono profundo do autoritarismo”. Esta quinta-feira, Maputo é palco de uma mega-concentração, depois de uma semana de greve geral e de protestos convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, naquela que ele chamou de “terceira etapa” da contestação aos resultados das eleições gerais de 09 de Outubro, anunciados pela CNE. Outros protestos tinham sido realizados nos dias 21, 24 e 25 de Outubro.

  • Eleições americanas: "O projecto de Trump é um projecto autocrático"

    06/11/2024 Duração: 19min

    Contra todas as expectativas, com analistas a anteverem dias de incerteza quanto aos resultados das presidenciais de ontem nos Estados Unidos, o candidato republicano Donald Trump venceu o escrutínio com um resultado nítido, acima do patamar simbólico dos 270 grandes eleitores necessários para garantir a vitória face à candidata democrata Kamala Harris. Quatro anos depois de sair da Casa Branca em atmosfera de insurreição, após o assalto ao Capitólio, Donald Trump regressa vitorioso para quatro anos na presidência da República. Quatro anos durante os quais, já disse que pretende operar uma série de reformas a nível da administração do seu país e da sua economia, sendo que ele anuncia igualmente uma inflexão da sua política externa, nomeadamente no que tange à Ucrânia, ao Médio Oriente, ou ainda à questão do meio ambiente.Aspectos que abordamos com Álvaro Vasconcelos, antigo director do Instituto de Estudos de Segurança da União Europeia, com quem começamos por analisar a dimensão da vitória de Trump, inclusiv

  • Eleitores luso-americanos divididos entre Kamala Harris e Donald Trump

    05/11/2024 Duração: 08min

    Na Pensilvânia está tudo empatado nas sondagens entre Kamala Harris e Donald Trump. Quem tiver mais votos consegue 19 votos para o Colégio Eleitoral que decide o Presidente. De todos os estados de desfecho incerto é o que vale o maior número de votos. O jornalista José Pedro Frazão esteve no clube português mais antigo da Pensilvânia onde encontrou as mesmas divisões que existem no país. Com 94 anos, o mais antigo clube de portugueses da Pensilvânia ainda é um local de encontro da comunidade, mas a política fica fora das conversas, mas não por falta de interesse destes imigrantes."Nós, tentamos, especialmente amigos, nós tentamos sempre manter os políticos um bocadinho à parte aqui, porque senão havia até, se calhar, havia aqui barulho. O nosso clube sempre foi bom nisso. O nosso clube sempre manteve um pouco de silêncio", diz Mário Fernandes, 76 anos.Este cidadão luso radicado nos Estados Unidos conta que o regulamento do Clube Português de Bethlehem tem mesmo uma regra que proíbe a instituição de expressar

  • Adiamento das eleições "vai traduzir-se no aumento de violações dos direitos humanos"

    04/11/2024 Duração: 15min

    O Presidente guineense decidiu adiar a data das eleições legislativas antecipadas, alegando "não haver condições". Umaro Sissoco Embaló visitou este domingo os oficiais do ministério do Interior, em Bissau, onde prestou declarações aos jornalistas a prometer que vai "permanecer no poder até 2030 e tal". O jurista e professor na Faculdade de Direito e activista de direitos humanos, Fodé Mané, acredita que o adiamento das eleições "vai traduzir-se no aumento de violações de direitos humanos". RFI: Em Setembro, o Presidente guineense começou por dizer que não se iria candidatar às presidenciais, mas poucos dias depois disse estar disponível para se manter no cargo, caso fosse realmente a vontade dos eleitores. Agora, afirma que se vai "manter no poder até 2030 e tal". Como é que interpreta esta afirmação do Presidente?Fodé Mané: Nós temos um país em que há um único chefe, não há parlamento, não há um Supremo Tribunal, não há um governo legítimo, que saiu de eleições e nem há um programa com um orçamento aprovado

  • Mia Couto: "A relação colonial entre Europa e África mantém-se actual"

    01/11/2024 Duração: 14min

    "A Cegueira do Rio" é o mais recente romance de Mia Couto lançado em Portugal. Uma obra onde o escritor moçambicano partilha "o registo de uma outra maneira de ver o mundo, um outro sentimento do mundo". Considerando ser "vital no momento de hoje" a "disponibilidade para ouvir outras sabedorias", com "A Cegueira do Rio" Mia Couto oferece a visão de uma cosmogonia, um saber que vai além de um modelo único de ser.Em "A Cegueira do Rio", um rio que "é a tinta que nos permite comunicar pelo mundo inteiro", um evento algo mágico, um tanto apocalíptico, acontece: A tinta acaba, desaparece dos documentos, as pessoas perdem a capacidade de escrever e quem resta com esse saber são apenas alguns, poucos, indígenas africanos.Num desafio para que a História seja "escrita em conjunto", o autor inverte a hierarquia, altera a posição de centro e periferia."A Cegueira do Rio" foi o pretexto para a entrevista de Mia Couto à RFI, mas a liberdade na literatura africana, as conotações políticas na literatura ou a relação colonia

  • Kiluanji Kia Henda: "A liberdade é uma base indispensável"

    01/11/2024 Duração: 08min

    Kiluanji Kia Henda deu na sexta-feira, 25 de Outubro, uma masterclass sobre memória e espaço público na Universidade Sorbonne, em Paris. O artista angolano tem vindo a desenvolver um trabalho em torno de memórias e narrativas históricas, usando a ficção como meio para questionar e reinterpretar o passado. Kiluanji Kia Henda alerta para o facto de "faltar acesso ao conhecimento histórico [em Angola]". RFI: Cria obras de arte, performance, filmes. Aqui usou da palavra para partilhar a sua história e partilhar o que o inspirou a fazer os seus projectos. Disse que falta contar tudo. Podemos dizer que o seu trabalho liberta memórias?Kiluanji Kia Henda: Acho que mais do que pensar sobre libertar memórias, é preciso activa-las, mas activa-las não no sentido de tentar ser fiel à memória ou ao passado, mas tentar encontrar uma interpretação que seja fiel a narrativas já existentes. Existe mais uma tentativa de olhar para a ficção, de como podemos fantasiar e de como podemos questionar certos episódios de passado, cert

  • Especialista de relações internacionais, Osvaldo Mboco lança livro sobre diplomacia angolana

    01/11/2024 Duração: 19min

    Osvaldo Mboco, especialista em Relações Internacionais ligado à Universidade Técnica de Angola e voz conhecida da RFI pelas suas análises, lança no próximo dia 6 de Novembro, o seu novo livro, "Política externa de Angola, Principais marcos, desafios e perspectivas".  Nesta obra que vem no seguimento de outros livros como “Os desafios de África no século XXI – um continente que procura se reencontrar”, publicado em 2021 ou ainda "As eleições em Angola, de 1992 até aos nossos dias" lançado em 2022, Osvaldo Mboco evoca designadamente a evolução das relações do seu país com os seus parceiros nos Estados Unidos, Rússia, China ou ainda França, passando em revista os momentos-chave da diplomacia angolana desde a independência, em 1975, até aos dias de hoje.RFI: Relativamente aos marcos históricos da diplomacia angolana de 1975 até aos dias de hoje, como é que poderíamos resumir em poucas palavras a evolução da diplomacia angolana nesses anos? Partimos de um país recém-independente de cariz socialista, para um país q

  • Nas eleições nos Estados Unidos da América "tudo pode acontecer"

    31/10/2024 Duração: 06min

    A eleição do próximo presidente dos Estados Unidos está cada vez mais próxima e o resultado é incerto, com Donald Trump e Kamala Harris a aparecerem empatados em quase todas as grandes sondagens norte-americanas. Uma tendência que se repete desde 2016, com os estados indecisos, ou swing states, a parecerem alinhar desta vez na sua maioria com o antigo Presidente Donald Trump. Em entrevista à RFI, Germano Almeida, jornalista e autor de vários livros sobre as eleições e os presidentes norte-americanos, considera que esta proximidade entre os dois candidatos é normal, já que a sociedade norte-americana está cada vez mais polarizada - uma tendência que acontece desde 2016, altura em que Trump se candidatou pela primeira vez."Os Estados Unidos são uma sociedade hiper polarizada, pois está muito dividida. As últimas duas ou três eleições já tinham sido bastante equilibradas. Esta está a ser ainda mais porque se eventualmente Biden tivesse sido o candidato e não tivesse o problema da idade avançada, eu diria que apa

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