Sinopse
Engraçado como à medida que avançamos no tempo vemos muitas expectativas e previsões caírem por terra. Há 20 anos sonhávamos com a casa do futuro, e nossa fértil imaginação não poupava clichês. O robô que andava, falava, fazia as tarefas domésticas e – nas entrelinhas – servia a nós como se fôssemos deuses. O carro controlado por um sistema, que sabia exatamente para onde ir e que roteiro seguir. Ele voava; transformava se em barco para planar na água; depois, em submarino, para um mergulho radical e, quando acreditávamos que já havíamos visto tudo, ele surpreendentemente voava. E a decoração da casa? Clean, fria, minimalista ao extremo, repleta de máquinas e vazia de vida. O futuro chegou, a casa atual busca cada vez mais o aconchego do lar de nossas mães e avós. Queremos a colcha de retalhos, remendada por dias fio, pacientemente. Desejamos os paninhos de crochê carinhosamente tecidos por mãos experientes em suas cadeiras de balanço. Cobiçamos o ladrilho hidráulico e planejamos a aplicação dele nos cantinhos especiais da morada. Valorizamos a conversa na cozinha, acompanhada de um saboroso café expresso, tão forte e aromático quanto o grão pisado com a mão de pilão, no século ...