O Interjogo Repetição-transformação Nas Interações Família- Criança-escola

  • Autor: Siloe Pereira
  • Editora: Editora Dialética
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Sinopse

A presente obra, que tem como foco relações possíveis entre aprendizagem, interações familiares e escolares, busca delinear uma compreensão acerca de possíveis inter-relações do estilo de aprender que uma criança porta ao adentrar o universo escolar e do lugar que cabe à escola/ao professor na perpetuação ou na transformação desse estilo. O estudo inicia com uma breve retomada acerca da trajetória percorrida pela educação (desde a Grécia Clássica até a contemporaneidade, destacando aí períodos de maior ou menor importância atribuída à educação escolar) e segue sistematizando bases teóricas voltadas à sustentação do continuum que vai desde as aprendizagens mais remotas na vida da criança até suas primeiras incursões nas aprendizagens acadêmicas. Valendo-se em especial de referenciais psicanalíticos e sistêmicos, caracteriza o sujeito do conhecimento/da aprendizagem e então realiza uma incursão pelo universo da família, primeiro locus do desenvolvimento humano e do acesso ao conhecimento. Novamente alicerçado nos referenciais teóricos citados, o trabalho discute a família em seu percurso e em sua evolução até a contemporaneidade, traçando um desenho do desenrolar do ciclo vital da família, em suas etapas normativas. Na sequência, são discutidos os atos de aprender e ensinar em algumas de suas especificidades e interdependências, aí focalizando um importante processo pelo qual uma família transmite, de uma geração a outra(s), modos de se relacionar com o mundo do conhecimento, formal ou informal: o processo de transmissão entre gerações. O texto procede ao delineamento de uma síntese em busca de um diálogo entre as duas perspectivas teóricas, com o objetivo de contribuir para ampliar e aprofundar a compreensão do processo de aprender na intrincada rede de interações criança-família, e destas com os espaços de aprendizagem escolar. À guisa de conclusão, destaca a importância da escola, que desponta como um novo e rico espaço relacional, capaz de amparar as expectativas e o desejo de aprender da criança, mas também de sustentar, muitas vezes, a angústia gerada pela impossibilidade de aprender, apoiando, provocando desdobramentos e o redimensionamento da energia psíquica, de modo a viabilizar caminhos que possam apontar direções possíveis à criança. Nesse sentido, o professor constitui figura que representa notavelmente a escola, de forma a que a criança potencialize os mandatos familiares herdados de seus antepassados, ou, então, venha a desviar-se deles e diferenciar-se, tornando-se autora do seu próprio destino como aprendente.