Do Conto Ao Reconto: Estratégias Lúdicas No Percurso Da Autoria
- Autor: Maria José Paiva Moreira
- Editora: Editora Appris
Sinopse
Do Conto ao Reconto: estratégias lúdicas no percurso da autoria lança um novo olhar para o trabalho com literatura infantil, mais especificamente, uma gama de jogos orais com os contos de fadas que se norteiam na escuta atenta e ativa das crianças e suas preferências literárias.
Trata-se, portanto, de uma atividade de linguagem essencial nas diversas etapas da produção oral com destino escrito, pois propicia uma interessante gama de atividades lúdicas que instigam processos que envolvem o pensamento, a reflexão, as emoções, a imaginação e o conhecimento, além da oportunidade de estar em contato com um modelo de leitor experiente (o professor), sugerindo práticas de letramento literário para crianças em processo de alfabetização.
Este livro desvenda algumas possibilidades de se atuar precocemente na formação do leitor com bons textos literários no rico terreno da educação infantil e séries iniciais, adequando, assim, as aprendizagens à Base Nacional Comum Curricular, especificamente aos eixos estruturantes: interações e brincadeiras e o campo de experiência: escuta, fala, pensamento e imaginação, que traz como objetivo para essa faixa etária "recontar histórias ouvidas para a produção de reconto escrito, tendo o professor como escriba"[1]. Tem como premissa que o ser humano não nasce escritor ou leitor, mas ouvinte e falante de sua língua materna. Portanto, a escrita não faz parte da natureza, mas é produto da cultura imposta ao ser humano, assim, aproximar as crianças da cultura letrada por meio de brincadeiras com recontos orais, por meio de bons textos literários, amplia suas capacidades linguísticas e culturais, tornando-os capazes de recontar as histórias tantas vezes e de diferentes modos, inserindo marcas de sua própria autoria, enquanto se apropriam da estrutura narrativa do conto.
A análise dos recontos orais produzida nesta obra permitiu observar a apropriação dos recursos linguístico-textuais presente nos textos-fonte, evidenciando que quanto mais elaborado o texto-fonte oferecido às crianças, maior a apropriação e elaboração oral apresentada por elas, o que rompe com o velho paradigma de que, para crianças pequenas e não alfabetizadas, deve-se oferecer leituras curtas e simplificadas.