Sinopse
Em 5 de novembro de 2015, tinha início a maior tragédia ambiental da história brasileira. O rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, na cidade mineira de Mariana, liberou toneladas de rejeitos de mineração de ferro no meio ambiente. O material tóxico matou 19 pessoas, avançou pelo Rio Doce, afetando o modo de vida de comunidades ribeirinhas e povos indígenas e desaguou no Oceano Atlântico, deixando duradouros danos à natureza e aos 700 mil brasileiros afetados.
Este livro não abre mão dos dados, motivos e explicações para o crime ambiental, mas conta sua história principalmente pelo ponto de vista daqueles que sofreram e sofrem na pele suas consequências. São relatos contundentes de dores físicas e psicológicas, de problemas financeiros, sumiço de peixes, geladeiras vazias, racismo ambiental e medo do futuro, mas também de como o ressentimento pode se transformar em esperança a partir da luta.
Longe de se deixarem abater, as comunidades afetadas também souberam fortalecer seus laços em torno de temas como a luta por direitos frente ao Estado e às grandes empresas. Laços que são fundamentais para seguir cobrando a responsabilização dos culpados pela tragédia e para garantir que ela não seja esquecida nem se repita.