O Estranho Vulgar: O Trabalho Docente E A Gestão Orçamentária Das Escolas

  • Autor: André Gomes da Conceição
  • Editora: Editora Appris
Experimente 7 dias Grátis Promoção válida para novos usuários. Após 7 dias, será cobrado valor integral. Cancele quando quiser.

Sinopse

O livro O Estranho vulgar: o trabalho docente e a gestão orçamentária das escolas, de André Gomes da Conceição, trata, de forma original e densa, de um tema que tem centralidade para discutir e lutar por formas democráticas da gestão do fundo público e o trabalho docente. Embora seu foco empírico sejam as escolas da Força Aérea Brasileira e o trabalho docente, sua relevância, pertinência e atualidade dizem respeito ao domínio e ao controle do fundo público como aspecto nodal para a construção de políticas públicas e de gestão do trabalho público e privado de caráter democrático.
O livro desnuda aquilo que é uma marca perversa de nossa história: o Estado marcado pelo clientelismo, patrimonialismo, personalismo e autoritarismo e seus reflexos nas instituições. O título da obra não é um jogo de palavras, mas uma interpelação ética e política. Estranho vulgar traduz um duplo movimento: a vulgaridade que se expressa na naturalização da gestão orçamentária como um espaço que diz respeito apenas aos "especialistas" ou aos gestores e seu efeito, mascarando o processo de alienação e estranhamento nas relações de trabalho.
A produção do livro efetivou-se num contexto da sociedade brasileira em que, uma vez mais, a classe dominante interrompe o processo democrático mediante um golpe de Estado construído pela junção do poder midiático, jurídico e parlamentar. Uma reiteração que se efetiva em nossa história toda a vez que o processo democrático inclui demandas populares.
A publicação ocorre numa radicalização do golpe mediante a eleição de um governo de extrema direita que, por suas políticas ultraconservadoras e privatistas, vende o pouco que resta daquilo que é patrimônio comum da nação e coloca o fundo público a serviço, especialmente, da pirataria do capital financeiro. Liquidação da nação e do fundo público na sua função social sob os signos do fundamentalismo econômico, político e religioso. Trata-se, pois, de uma contribuição que vem em boa hora para nos alertar sobre a urgência de se criarem forças políticas e sociais para restaurar o Estado democrático de direito e mecanismos de controle e manejo do fundo público com fins sociais. Isso para que tenhamos um futuro visível.