Sinopse
A vida pela ótica poética de uma multiplicidade de eus, fora de rótulos, de um ser-em-devir, cheio de vontades, divergências, afetos; um ser que busca e rebusca o amor, com suas dobras de pensamento, suas distâncias e escolhas dentro da geografia de um tempo-espaço visto como potência de beleza e caos. Siomara Spinola é uma poeta múltipla, transbordante, feita de trilhas fugidias e palavras que compartilham acalento, perda e liberdade. Como a própria autora afirma: “Por que ser uma, por que ter de ser ou não ser se o ser e o não-ser são criaturas inconstantes que coabitam em mim num caos sem começo nem fim?”. Imanentes e inconstantes, seus poemas refletem essa personalidade de “loba solitária desgarrada da matilha, livre, selvagem, bicho arisco em ronda vigilante, espreitando territórios, cautelosa, nômade por natureza, estranha incógnita”. Seus versos são de uma grande verdade íntima, trazem uma sensação de sopro e a possibilidade de usar a poesia como um eco na multidão.