Sinopse
Uma viagem inusitada entre a vida adulta e a infância, em busca dos enigmas que nos constituem
O protagonista de Objetos na Penumbra nasceu com uma marca existencial. Seu pai morreu instantes depois de ter feito sexo com sua mãe. Ter gerado um filho foi seu último ato em vida.
Agora, aos 40 anos, Bruno atravessa uma crise que o faz flertar com o suicídio. Em um estado de delírio, ele tem uma visão. Ele se vê no jardim de infância, seu jardim do Éden particular feito de cartolina e canetinha, carregado dos afetos e dos medos que nos expulsam para a vida adulta.
Bruno decide reencontrar as três crianças mais importantes do jardim, para descobrir o que a vida fez deles e se é possível reencontrar sentimentos de pureza e confiança. Rafael, o garoto querido e popular; o obeso Marlon, vítima de deboche ao longo dos anos de colégio; e Karina, a primeira paixão. Uma busca íntima pelas origens, sob a sombra de um pai eternamente ausente.
Nessa jornada entre a realidade e o delírio, memórias obscuras se misturam com frustrações do presente. Fluxos de tempo e de sentido traçam caminhos sinuosos e inquietantes, em uma narrativa "simultaneamente realista e transcendental", como afirma o escritor e filósofo Rodrigo Petronio.
Em Objetos na Penumbra, "o que promete ser trágico é dobrado pela ironia, o que seria revolta, é poesia", nas palavras de Lourenço Mutarelli. Passado e presente se encontram em uma jornada existencial coberta por névoa, em busca de algum sentido perdido no tempo. Objetos na Penumbra trata, de forma inquietante, da eterna busca pelo significado construído ao longo de uma vida que ainda vive em nós, nesse exato momento.