Sinopse
“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. Este verso do poeta português Fernando Pessoa revela o périplo navegado pela poesia de Rosana Guarnieri, os portos pelos seus versos visitados. A fonte primaz de sua inspiração é uma dádiva divina. A sua vocação poética, o fruto de um desígnio transcendente, uma vontade de Deus. E essa vontade se transubstancia em um sonho seu. Um sonho de menina que descobre a poesia nos recônditos de suas fantasias infantis, de suas brincadeiras de escola. A poesia que é sonhada e declamada pela menina frente ao júbilo do coração materno. E este sonho acompanha a criança que se faz moça, que se faz mulher, que se faz mãe e que se faz, para sempre, do amor, noiva e amante fidelíssima. Até que a poesia se faz para ela, tal como cantada em seus versos, um “desejo de abraço sem fim” enquanto “A mágica do tempo faz esperança em novo porto”. É aí que a poesia de Rosana se irmana definitivamente com o verso de Pessoa e, finalmente, como o que brota dos primeiros azuis da alvorada, a sua obra nasce.