Por Que Formar Professores/as Especialistas Em Eja?: Desafios E Possibilidades Da Formação Do/a Educador/a Popular
- Autor: Arlene Andrade Malta
- Editora: Editora Appris
Sinopse
Este livro tem o objetivo de tentar responder a uma questão que emergiu em nossos debates junto a educadores(as) em formação inicial e/ou continuada que têm se dedicado à Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Território de Identidade do Vale do Jiquiriçá. Assim, os textos que compõem essa coletânea, tecidos em parcerias entre docentes e discentes dos cursos de Licenciatura em Geografia e Especialização em EJA articulada à Educação Profissional — ambos ofertados no IF Baiano, campus Santa Inês —, tomam como objeto de suas reflexões o seguinte questionamento: por que investir na formação de professores(as) especialistas em EJA a partir de uma concepção de educação popular? De lastro, temos em contexto nacional um cenário de vida amplamente desolador, com episódios quotidianos de desumanização e negação da ciência, do conhecimento, de sonhos e possibilidades de ser mais, atingindo, prioritariamente, a condição de vida e de sobrevivência dos grupos populares. Acreditamos, portanto, ser necessário refletir o fazer pedagógico a partir de referenciais mais humanizadores e, para tanto, propomos considerar os trabalhadores jovens e adultos que estudam na Educação Básica como protagonistas de uma perspectiva de educação capaz de nos salvar, de reinventar e reencantar o mundo. Diversos olhares tomaram diferentes pontos de análise e, nos sete capítulos que integram este livro discutiremos a EJA enquanto: ação afirmativa tecida entre sujeitos populares; estratégia de combate à violência racial e de gênero; possibilidade de ascensão técnica e política para trabalhadores(as) estudantes; ferramenta potencializadora e criativa para a formação de professores(as); compromisso com a formação de trabalhadores(as) que estudam; como busca por compreender os desafios e percursos trilhados pela EJA na conjuntura pandêmica causada pela Covid-19, assim como espaço de mobilização e expressão de saberes por meio dos corpos dos sujeitos da EJA, de corporalidades e gestualidades que lhes são próprias e até mesmo das violências impregnadas em suas peles, em suas histórias de vida.