Sinopse
Qual a importância de refletir sobre nossa própria consciência? Para que nos serve, afinal, pensar sobre o processo de construção de novos conhecimentos? Qual a serventia de questionar a formação de crenças, ideias e ideologias? A curiosidade gerada por questões como essas é o fio condutor das indagações apresentadas nesse livro. Quais os limites das reflexões sobre o próprio refletir? Com a pretensão de construir dilemas mais do que resolvê-los, os capítulos do livro são como uma caminhada pelas vivências concretas e abstratas do autor. Sem almejar um final, e sem alcançar um começo. Quase um tropeço do pensamento que insiste em brincar consigo mesmo. Afinal...
"Como é difícil desvendar o processo, desenvolver um olhar reverso, e enxergar por detrás da visão. Como seria possível, bebê nascido e crescido, analisar e entender o próprio embrião, antes de ter-se desenvolvido? Como mergulho na fonte, sendo eu pensamento, se somente me torno o que sou, uma vez que dela desprendo? Quando tomo ciência de mim, já sou. Eu mesmo tenho um começo, um meio e um fim. Como compreendo então o momento em que o pensamento toma consciência de si? Até a consciência tem berço, e para nascer precisa um dia não ter sido. Como faço, então, se para ter ciência de seu nascimento, precisaria o pensamento crescido ter consciência antes mesmo dela ter nascido?"