Uma Terapia Do Desejo De Escolarização Moderna: Vení, Vamos A Hamacar El Mundo Hasta Que Te Asustés
- Autor: Carolina Tamayo Osorio
- Editora: Editora Appris
Sinopse
O livro Vení, vamos a hamacar el mundo hasta que te asustés: uma terapia do desejo de escolarização moderna lança um novo olhar para o desenvolvimento de pesquisas na área da Educação. Está escrita sob a forma de um jogo ficcional de cenas e surge como um grito decolonial inSURgente no contexto Latinoamericano a partir das vozes de mulheres e homens do povo originário Gunadule da Colômbia, ao incorporar novos horizontes de sentido sobre a vida, a educação, a natureza, a economia, os tempos, isto é, como contribuição para as bases de um modelo de vida alternativo, que supera a filosofia da vida individualista própria do liberalismo, o Bem Viver. Assim, apresenta-se uma pesquisa alinhada ao desejo de decolonizar a educação escolar com base na crítica desconstrucionista da tradição metafísica do pensamento ocidental realizada de modos distintos, tanto por Ludwig Wittgenstein quanto por Jacques Derrida, para ampliar debates no campo da Educação [Matemática] como expressão de um exercício de construção de um pensamento fronteiriço. O estilo da escrita deste livro rompe com as formas acadêmicas de apresentação de pesquisas, pois a pesquisadora não pretende assumir nem uma atitude narcisista projetando o eu mesmo no outro, nem determinar como os Guna deveriam resolver o problema da escolarização. Dessa forma, apresenta-se neste livro, de forma transgressora, uma pesquisa que convocou aos Gunadule para problematizar o desejo de escolarização moderna como um problema dos estados nações que foram submetidos a processos de colonização, visando conceber tal problema de outras maneiras no exercício de uma aprendizagem mútua. Pela forma em que a autora encara o problema de pesquisa e o modo em se apresenta, esta leitura torna-se uma excelente fonte de erudição e discernimento a todos os que se interessam pelas mais variadas vertentes da educação em territórios indígenas, da Antropologia e da Sociologia, buscando olhar de outros modos para a realidade contemporânea na qual é impossível continuar concebendo uma humanidade desconectada da Mãe Terra.