Sinopse
«Meu Deus, para onde vão os cachorros quando desencarnam? Existe o céu, o limbo ou o purgatório dos animais? E das consciências?...», pergunta o personagem do monólogo O homem e seu cachorro, de Luís Pimentel, um homem sem nome que vive nas ruas, carregando um cão, um velho sofá, uma garrafa de água e alguns jornais e revistas velhos.
Misto de filósofo, perdido, sonhador e desencantado, o homem – de quem não se sabe exatamente de onde veio ou para onde vai – descobre um dia que a vida pode perder o sentido com a morte do único amigo e guia espiritual, que tem quatro patas, um focinho, um rabo que o abana e o latido que o desperta.
«A perda da consciência é a única que, verdadeiramente, nos atira no vazio», conclui. Mas outro cachorro-consciência se impõe em seu caminho; porque a vida, que nem os espetáculos maiores ou medíocres, precisa continuar.