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Sinopse
Reportagens de nossos correspondentes no continente africano sobre fatos políticos, sociais, econômicos, científicos ou culturais, ligados à realidade local ou às relações dos países com o Brasil.
Episódios
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Pesquisadora lança livro sobre branquitude em três países: Brasil, África do Sul e Moçambique
07/04/2024 Duração: 05minSim, ela é branca e se apresenta como antirrascista. Mesmo vindo de uma família humilde de São Paulo, a doutora em Ciências da Comunicação pela USP Paola Prandini sabe que goza de privilégios pela cor da pele. Mas isso não a deixa confortável. Transformou seu ativismo contra o racismo e as heranças preconceituosas do período colonial em tema de pesquisa, o que resultou em um livro recém-lançado: "Conexão Atlândica", título que faz referência ao encontro dos oceanos Atlântico e Índico. Vinicius Assis, correspondente da RFIA obra de Paola é resultado de quatro anos vivendo entre Brasil, África do Sul e Moçambique, focada nos temas da branquitude, de colonialidades e educomunicação (método de ensino que torna os meios de comunicação elementos de aprendizagem) nesses três países.“O Brasil ultimamente tem sido um pouco mais crítico e aguerrido em relação à questão antirracista”, destacou, mas a pesquisadora também apresentou semelhanças nos três países em se tratando dos desafios em torno do assunto.No caso sul-af
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Historiadora pesquisa relação entre as culinárias do Brasil e do Egito
23/03/2024 Duração: 05minMineira de Belo Horizonte, a doutora em História Liliane Faria Corrêa Pinto foi parar no Egito em 2018. Inicialmente para estudar viagens de Dom Pedro II ao país do norte africano, em 1871 e 1876. Nos arquivos pesquisados, ela conta que o monarca fazia sempre alguma associação com o que conhecia do Brasil ao descrever as pessoas. E até hoje é possível fazer esta comparação. Não raras vezes egípcios começam a conversar em árabe quando encontram algum brasileiro nas ruas acreditando que estão diante de um local por conta das semelhanças físicas. A civilização do Egito, país que hoje tem uma população de mais de 100 milhões de habitantes, teve a influência de diversos povos. E o mesmo fez o povo brasileiro ser o que é hoje.A historiadora pesquisa agora as semelhanças gastronômicas entre o Brasil e o Egito. Destacando que também gosta de Biologia, ela diz que sempre se preocupa com os ingredientes e com a história de cada um deles. “Porque como um ingrediente passa de um lugar para outro, muitas vezes eles vão po
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Os desafios para o Brasil concretizar reaproximação da África em 2024
06/01/2024 Duração: 10minMoçambique, Etiópia e Egito devem estar no roteiro da primeira viagem internacional que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer fazer este ano. A visita está sendo organizada para a segunda quinzena de fevereiro. Mas além da retomada das viagens, outros desafios deverão ser superados para efetivar a reaproximação entre o Brasil e o continente africano, apontam especialistas. Vinicius Assis, do Cairo (Egito) para RFI BrasilA maior expectativa é sobre a passagem do presidente pela capital etíope, onde Lula deve participar da abertura da cúpula da União Africana. Ele fará um discurso não só como chefe de Estado, mas como líder do país que ocupa a presidência rotativa do G20.A última parada da viagem deve ser no Cairo, mas tudo sobre esta visita ao continente africano ainda está em processo de confirmação, inclusive a logística e as agendas bilaterais. A RFI conversou nas últimas semanas com diversas pessoas que acompanham o assunto e são entusiastas da reaproximação do Brasil com a África, prometida pelo pre
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Professor de cinema brasileiro no Egito recomenda filmes palestinos para entender conflito entre Israel e Hamas
25/11/2023 Duração: 09minCom o início da guerra na Faixa de Gaza, alunos de cinema da Universidade Americana no Cairo, no Egito, organizaram uma mostra de filmes que podem ajudar a compreender a complexa relação entre autoridades israelenses e palestinas. A exibição é semanal. Vinícius Assis, correspondente da RFI no EgitoNo chuvoso fim de tarde do último domingo (19), quase todos os 60 lugares do auditório da Universidade Americana no Cairo foram ocupados por quem quis ver “O que Resta do Tempo”, do consagrado diretor palestino Elia Suleiman.O filme, aliás, também começa com uma cena chuvosa, onde o cineasta, que é personagem da obra, encara uma tempestade de raios. Lançado em 2009, este trabalho foi baseado em cartas dos pais do cineasta e retrata momentos importantes da vida da família de Suleiman e do povo palestino.Os alunos são orientados pelo brasileiro Rodrigo Brum, professor de cinema da universidade. Ele acredita na função educacional da sétima arte, o que considera uma ferramenta eficaz para contar histórias e estimular re
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Estilista brasileira exalta moda da África para reconquistar juventude local
13/08/2023 Duração: 08minNas grandes cidades africanas é possível ver, cada vez mais, pessoas nas ruas usando réplicas de roupas e acessórios de famosas grifes ocidentais, jeans, moletons, bolsas, entre outros. Produtos originais também são encontrados, mas os falsos são mais baratos e, com isso, mais populares. Peças coloridas consideradas tradicionais do continente africano são menos procuradas pelos mais jovens, fato que a estilista brasileira Rita Cazergues lamenta: “Os africanos são coloridos, são alegres e a moda africana tem uma história”, frisou. Vinícius Assis, correspondente da RFI em JoanesburgoPor mais características em comum que se possa ter, “tecido africano” não é tudo igual. Há estampas que representam etnias, passam certas mensagens. Durante a entrevista, ela reforçou que as pessoas precisam dar mais valor ao trabalho dos africanos. “Valorizar a moda africana, os tecidos africanos. A moda africana não é só aquele tecido enrolado na cabeça ou no corpo das africanas. Eu falo moda africana: colares, joias, vestido de g
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Empresário brasileiro cobra mais apoio governamental para estimular investimentos na África
02/04/2023 Duração: 05minUm convite para trabalhar em uma companhia aérea, tendo um cargo de liderança no setor de transporte de cargas, fez o gaúcho Marcos Brandalise trocar a Alemanha, onde vivia recém-casado com uma alemã, por Angola, em 1988, em plena guerra civil que marcou a história do país lusófono. Vinícius Assis, correspondente da RFI em Adis AbebaCinco anos depois, ele foi transferido para o leste africano. E foi no Quênia, uma das maiores economias africanas, que ele decidiu viver com a família e criar, em 1996, a própria empresa para apresentar, nesta região, as soluções com bons resultados para o Brasil em anos anteriores, especialmente na agricultura. Marcos começou a representar empresas brasileiras por aqui. “A gente viu o que aconteceu no Brasil nos anos 1970, 1980, 1990 e o que ainda está acontecendo. A gente imagina e tem esperança de que a África vai seguir o mesmo caminho do Brasil. O potencial aqui é fenomenal”, disse. Ele representa atualmente cerca de 15 companhias brasileiras e vende de chuveiros elétricos à
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“Incomum” no Brasil, Samba é nome popular entre pessoas de países africanos
19/02/2023 Duração: 06minO ritmo que embala o carnaval brasileiro também é nome próprio na Gâmbia, país da África Ocidental onde o jornalista Samba Jawo nasceu. Encontrar “xarás” não é dificuldade alguma para ele. “É um nome muito comum na etnia Fulani. Na nossa cultura significa o segundo filho”, explica o gambiano que tem um irmão mais velho e três mais novos. Fã declarado de futebol, ele diz que foi por meio deste esporte que conheceu o ritmo brasileiro mais famoso, que tem o mesmo nome que ele. Vinícius Assis, correspondente da RFI em Adis Abeba, EtiópiaHá séculos, muitas pessoas em países do continente africano, principalmente na região do Sahel, recebem o mesmo nome que o cantor brasileiro Seu Jorge e sua companheira, Karina Barbieri, resolveram dar ao seu filho. Mas, no Brasil, a escolha causou polêmica no mês passado, quando o bebê nasceu.Uma funcionária do 28º Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais, na maternidade onde a criança nasceu, no bairro Itaim Bibi, Zona Sul da capital paulista, se recusou a emitir a certid
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Brasileira documenta sofrimento de deslocados por terrorismo islâmico em Moçambique
23/10/2022 Duração: 06minDesde abril, a carioca Mariana Abdalla mora em Moçambique, país africano de língua portuguesa famoso pelo litoral paradisíaco, mas que há cinco anos passou a ser motivo de preocupação internacional. A província de Cabo Delgado, no norte moçambicano, começou a ser alvo de ataques de terroristas ligados ao grupo Estado Islâmico em outubro de 2017. Vinicius Assis, correspondente da RFI na EtiópiaAs ações extremistas já causaram cerca de 4 mil mortes e fizeram quase um milhão de pessoas se deslocarem em Moçambique. Dados da Agência da ONU para Refugiados (Acnur) mostram que 946.508 vítimas fugiram das áreas onde viviam para tentar sobreviver.Mariana Abdalla mora atualmente na cidade de Pemba, capital desta província onde os ataques vêm acontecendo, a cerca de 2.500 km da capital moçambicana, Maputo. Ela tem tido contato direto com quem está sendo afetado por essa situação.“É um conflito que poucas pessoas conhecem”, nota a brasileira. Depois de seis meses e meio na região, ela conta que também acaba pegando um po
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Historiadora ensina "etiqueta" a empresários brasileiros que querem fazer negócios com africanos
16/10/2022 Duração: 05minEm uma recente reunião com cinco empresários negros na Nigéria, brasileiros não reconheceram Aliko Dangote, o homem mais rico de todo o continente africano, com um patrimônio líquido estimado em US$ 12,6 bilhões. “Para o olhar do empresário brasileiro, todas aquelas pessoas eram as mesmas, estavam vestidas da mesma forma”, relatou a historiadora Carolina Maíra Morais, que presenciou a cena. “Essa leitura rasa sobre o continente é que a gente, primeiro, precisa transpor quando chega do Brasil na África”, frisa. Vinícius de Assis, correspondente da RFI na ÁfricaNascida na Baixada Fluminense, há seis anos ela cruza o oceano Atlântico anualmente com destino ao continente africano, principalmente viajando para a Nigéria, país de origem do marido e sócio da brasileira, Ajoyemi Osunleye. Ela conta que percebeu, ao longo desse tempo, que existe uma dificuldade na linguagem cultural entre o empresariado brasileiro e o empresariado de países do continente africano, de uma maneira geral, com as suas particularidades. “S
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Nigéria ultrapassa Rússia no fornecimento de ureia ao Brasil
09/10/2022 Duração: 05minEntre tantas consequências, a guerra na Ucrânia comprometeu as exportações russas, o que acabou favorecendo países como a Nigéria, que agora é o segundo maior exportador de ureia para o Brasil. Até o ano passado essa posição era ocupada pela Rússia. “A gente está falando de quase 19% do volume (total) de ureia que o Brasil importou (este ano)”, detalhou Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). “Entre janeiro e abril, a Nigéria foi o principal fornecedor. Omã tomou essa posição a partir de maio”, acrescentou Francisco Luz, cônsul-geral do Brasil em Lagos, a maior cidade nigeriana.A diretora da Abiquim contou também que, comparando o volume importado pelo Brasil entre janeiro e agosto deste ano com o do mesmo período do ano passado, houve um aumento de 50%. “É um dado bastante expressivo”, disse.Em 2021, a maior economia africana era o quinto maior fornecedor deste fertilizante para o Brasil, respondendo por 10% de toda a urei
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Número de eleitores brasileiros na África aumenta, mas Brasil se afastou do continente promissor
24/09/2022 Duração: 11minNeste ano, 3.332 brasileiros poderão participar da eleição presidencial estando em 17 países africanos. O número de cadastrados no continente é quase 22% maior que o de 2018. Na eleição passada, 2.734 eleitores se registraram, só que no segundo turno mais da metade (54,2%) nem sequer apareceu nos locais de votação africanos. O percentual de abstenção ficou acima de 50% em 11 desses países. Vinícius Assis, correspondente da RFI na África do SulEm 2018, Jair Bolsonaro recebeu no segundo turno 57,5% dos votos de brasileiros residentes na África. Os dados são do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), responsável por zonas eleitorais no exterior, e de embaixadas e consulados do Brasil em países africanos. A maior parte do eleitorado brasileiro no continente está na África do Sul, uma das maiores economias da região.Adalton e Fernanda Barbosa são originários de Salvador (BA) e se mudaram para a Cidade do Cabo em 2019. Além de trabalharem como modelos, os dois abriram um negócio próprio e vendem c
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Modelos baianos falam da representatividade negra no mercado da África do Sul
11/09/2022 Duração: 11minNão foi da noite para o dia que esses dois conseguiram estrelar campanhas de marcas de luxo. Unidos pelo trabalho, os modelos Fernanda e Adalton Barbosa se conheceram gravando um comercial e estão juntos há 12 anos. Os dois são de Salvador, Bahia, e começaram a carreira cerca de 15 anos atrás. Ela ainda era adolescente, tinha 16, como muitas nessa profissão. Vinícius Assis, correspondente da RFI na África do SulJá ele começou a carreira com pouco mais de 20 anos de idade. O foco deles não são as passarelas, mas, sim, o mercado publicitário. Em 2013 ambos se mudaram para São Paulo, a mais cobiçada cidade brasileira para quem é desta área. Três anos depois, veio a ideia de dar um passo a mais na carreira: o mercado internacional. Foi, então, que fizeram contato com agências da África do Sul. Fernanda, que, por conta de uma campanha de shampoo na Argentina, já tinha feito a primeira viagem dela para fora do Brasil, acabou sendo convidada para uma temporada de três meses no país de Nelson Mandela, especificamente
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Economista Carlos Lopes lança novo livro e diz que Brasil pode participar da mudança estrutural da África
03/09/2022 Duração: 05minO economista da Guiné-Bissau Carlos Lopes lança um livro escrito com o economista do Zimbábue George Kararach onde fala sobre percepções que considera deturpadas sobre a África, além de novas narrativas sobre o continente e desenvolvimento no século XXI, passando pela necessidade de se investir na industrialização da região e oportunidades. Lopes diz não ter dúvida de que, no campo econômico, um dos maiores desafios da África é a industrialização. Mas entre os esteriótipos que o ocidente construiu sobre o continente africano, o que mais o incomoda é o de que a África nada mais é do que um fornecedor de matérias-primas, sem transformação. “É exatamente o modelo colonial”, disse.“Nós no livro tentamos demonstrar que há possibilidades reais de transformação estrutural, que há países que já estão fazendo a coisa certa, mas, evidentemente, não são a maioria. E, portanto, é preciso muito mais empenho para que esta transformação tenha lugar”, explicou Lopes.Os dois autores vêm trabalhando sobre o tema desenvolviment
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Carioca que assessora bancos e governos diz que Brasil está perdendo oportunidades na África
28/08/2022 Duração: 07minFormado em Direito, Bernardo Weaver foi seduzido pelo mercado financeiro logo no início da vida profissional. O sotaque não nega: ele é “da gema”. O primeiro emprego do carioca foi em um banco e ele acabou se tornando um financista. Fez MBA em Finanças nos Estados Unidos, onde mora há 20 anos. Vinícius Assis, correspondente da RFI na África do SulWeaver já trabalhou para o Banco Mundial, desenvolveu projetos em países europeus e latino-americanos, o que ele considera marcante na própria carreira. Também deixou seus conselhos pelo Oriente Médio. Há três anos fundou a própria empresa para prestar consultoria a bancos e governos, inclusive na África.O primeiro país do segundo continente mais populoso do planeta onde atuou foi Moçambique, em 2014. “Foi um lugar que me marcou muito. Mostra a grandeza do nosso povo, o quanto a gente fez e o quanto a gente ainda pode fazer enquanto brasileiro”, disse. Em geral, os moçambicanos se identificam muito com o Brasil. Costumam ser muito bem informados sobre os artistas e t
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Dos candidatos à presidência do Brasil, apenas três citam a África nos planos de governo
21/08/2022 Duração: 04minA política externa não está no centro das atenções dos presidenciáveis, muito menos o continente africano, na análise do presidente e fundador do Instituto Brasil-África (IBRAF), João Bosco Monte. Para ele, poucas linhas dos planos de governo são destinadas a explicar como o Brasil vai se comportar no cenário internacional e isso fica mais claro ainda em se tratando de África. “Há pouca definição de como o Brasil vai conversar com um continente tão grande, com 54 países”, destacou. Vinícius Assis, correspondente da RFI na EtiópiaDos candidatos que se lembraram do território africano em seus programas de governo, um é negro: Léo Péricles, do UP. Os outros são brancos: Lula, do PT e Sofia Manzano, do PCB. Antes do PROS anunciar a retirada da candidatura de Pablo Marçal e o apoio a Lula, Marçal também era um dos que citaram a África no programa de governo.“Acho que é pouco”, lamentou o professor de Política Internacional e Comparada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Dawisson Belém Lopes, diante da q
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Brasileiro ensina capoeira a crianças salvas de grupos armados no Congo
07/08/2022 Duração: 19minHá seis anos o brasileiro Flávio Saudade vive na cidade congolesa de Goma, onde ensina capoeira a crianças salvas de milícias armadas. Recentemente, ele acompanhou os protestos ruas contra a Monusco, a maior missão de paz que a ONU realiza atualmente. Vinícius Assis, correspondente da RFI no continente africanoAs manifestações na República Democrática do Congo, aterrorizado por dezenas de grupos armados, já deixaram mais de 30 mortos e 170 feridos. A mobilização deixa claro o descontentamento de moradores com a missão da ONU que, para parte da população, não tem garantido a tão desejada paz. O general brasileiro Marcos de Sá Affonso da Costa é quem comanda a tropa da Monusco, de cerca de 15 mil militares de diferentes partes do mundo.Nascido em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, Flávio Saudade já morou no Haiti, que também recebeu uma missão de paz da ONU com o objetivo de colocar ordem no país, depois de um conturbado período e a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide. O capoeirist
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“Forró é a mistura de três culturas: africana, indígena e europeia”, diz brasileiro que ensina o ritmo em Ruanda
24/07/2022 Duração: 06minA dança já levou Fábio Reis a 20 países. O gingado certamente está no DNA deste filho de baianos que nasceu em São Paulo. Apesar de ter crescido ouvindo forró, principalmente nas férias que passava com a família na Bahia, começou a dançar mesmo aos 19 anos. Vinícius Assis, correspondente da RFI “Eu não sabia nada. Tinha até um pouco de preconceito com o forró por causa da minha família que escutava forró o dia inteiro. Eu gostava mais de ‘putz putz’”, contou ele, ao lembrar que era com música eletrônica que se divertia. Só que foi “arrastado” pela namorada da época para o popular ritmo brasileiro.“Fui dançar com ela, não consegui, pisei no pé dela. Ela ficou meio brava e eu falei: Vou aprender a dançar esse negócio”, lembrou. Depois disso, começou a fazer aulas e se encantou, inclusive pelos laços com a família. “Desde quando eu estava na barriga da minha mãe, nas festinhas, tudo era forró”, disse, destacando que a família do pai gosta mais de dançar do que a da mãe.Discípulo do famoso coreógrafo e professor
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Brasileira vivendo em Ruanda conta que nem tudo é “cor de rosa” no mundo das organizações na África
17/07/2022 Duração: 07minDesmotivada a continuar trabalhando no meio corporativo, e “cansada de contar diariamente milhares de mortos por causa da Covid-19 no Brasil”, em novembro do ano passado Caroline Haddad resolveu se mudar para Ruanda, pequeno país do leste africano com uma população equivalente a da cidade de São Paulo. Vinicius Assis, correspondente da RFI na África do SulEla não veio fazer voluntariado, mas o objetivo era trabalhar com algo mais focado em questões sociais, em vez de continuar apenas “vendendo pasta de dente”, como ela disse durante a entrevista na casa compartilhada onde mora atualmente na capital, Kigali.“Eu nunca tinha pisado em um país do continente (africano)”, destacou. Ela reconheceu que a imagem que tinha em mente era a do estereótipo associado ao genocídio contra os Tutsis, em 1994. “Ruanda, acho que é um ponto fora da curva no continente. Pegando especificamente Kigali, é uma cidade super organizada, limpa, arborizada. Não é aquele ‘mar de gente’ andando pela rua, que é o que você imagina em uma cap
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Brasileiro se impõe como um dos principais produtores de cinema da África
29/05/2022 Duração: 04minElias Ribeiro nasceu no Brasil, mas é na África do Sul que ele constrói sua carreira de produtor de cinema. Com sua produtora Urucu, ele já fez oito longas-metragens e foi nomeado duas vezes ao Oscar. A RFI encontrou Elias Ribeiro no Festival de Cannes, onde ele é um participante assíduo há 12 anos. A agenda de Elias Ribeiro em Cannes é impressionante. Ele acumula laboratórios com produtores emergentes, mesas redondas com jovens cineastas e encontros com produtores e instituições internacionais. O objetivo é um só: abrir espaço para o talento africano e colocá-lo no mapa do cinema internacional. Entre um encontro e outro no festival, o brasileiro encontrou um momento para falar com a RFI.Elias Ribeiro saiu do Brasil em 1999 já com a cabeça voltada para o cinema. Depois de passar por diversos países europeus, foi em 2010, aos 30 anos, para a África do Sul fazer um mestrado e nunca mais deixou o país.“Eu me apaixonei pela quantidade de histórias [do país]. Minha experiência internacional me fez virar um peixe g
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Ator paulista se dedica a unir Brasil e Moçambique através da cultura
15/05/2022 Duração: 05minFoi aos 10 anos de idade que Expedito Araújo decidiu que queria ser ator, inspirado pela escola em que estudava, no Rio de Janeiro, onde os alunos eram incentivados a ir ao teatro. Nascido em São Paulo, ele começou a carreira artística na adolescência. Deu vida a personagens nos palcos e na TV, mas com o passar do tempo acabou se tornando gestor cultural, trabalhando nos setores público e privado. Vinícius Assis, correspondente da RFI na ÁfricaSeja atuando ou gerenciando projetos culturais, Expedito Araújo encara a arte como uma ferramenta transformadora, postura que o levou até o Timor Leste. “Fui convidado para fazer uma consultoria sobre a importância da cultura no desenvolvimento de um país”, conta à RFI.Em 2017, o brasileiro estava de férias na Tailândia quando uma amiga que vivia em Maputo, trabalhando para uma organização internacional, sugeriu que ele fosse para Moçambique ser voluntário em um orfanato. Naquela época, Araújo já havia visitado cerca de 40 países, mas nenhum africano.“Eu não tinha nenhu