Aurora Boreal

Um roupão é uma gabardine de trazer por casa.

Escondemos sempre os routers e os modems dentro de um armário na sala porque são caixas pretas que nunca combinam com a decoração. Isto corta o sinal. Falei com um senhor que inventou aparelhos que toda a gente vai querer ter à vista: em forma de Nossa Senhora de Fátima, lareiras e molduras.

Puxar a fita da persiana é o scroll da vida real.

Nunca atravesso a passadeira com um casaco camuflado vestido, porque tenho medo que os carros não me vejam e seja atropelado.

A rotunda Cibernética, em Viseu, é uma enorme fonte de água com repuxos que rasgam os céus acompanhados por música clássica e por vibrantes jogos de cor, todos os dias a partir das 21h00. Era como aqueles geysers da Islândia, mas os de Viseu tinham as cores do arco íris e ainda tocavam o hino da alegria, tudo isto ao mesmo tempo que descomplicava o trânsito da cidade.

Neste episódio fui falar com um rapaz que tirou o curso de Belas Artes, mas acabou a pincelar molho picante nos frangos de churrasco do Pingo Doce.

Fui à peixaria pedir gelo mas não disse para o que era. Cheguei agora a casa e as caipirinhas estão todas a saber a sardinha.

Sempre que abrem uma garrafa de champagne o meu avô tira os óculos com medo que lhe acertem com a rolha na cara. Já faz isto de forma tão automática que no outro dia estava a ver fórmula 1 na televisão e tirou os óculos naquela parte do pódio. Pum!

Quando vamos servir uma pessoa e ela entrega-nos não apenas o prato mas também os talheres lá no meio, o que é para fazer? Servimos a comida para cima do garfo e faca ou pomos na bordinha do prato, sujeito a escorrer a bolonhesa para a toalha ou para dentro do copo do vinho?

Uma fascinante viagem ao mundo visto do céu com depoimentos das mais especializadas entidades na cartografia internacional. O folheto original referido no episódio, espalhado pela cidade de Loures anunciando mamografias por satélite, pode ser visto em instagram.com/pedrofigueiredocerto

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